Num jantar com jovens portistas, esta quinta-feira, na Praia da Luz, no Porto, Pinto da Costa voltou a falar dos motivos que o levaram a avançar com nova candidatura à presidência do FC Porto. O presidente do clube desde 1982 disparou contra Antero Henrique, o seu antigo CEO na SAD portista, e também contra Joaquim Oliveira, um dos principais acionistas do FC Porto.

"Em outubro do ano passado, o senhor Antero Henrique, que é o patrono dessa candidatura [de André Villas-Boas], foi a casa da minha filha para saber se eu me ia candidatar ou não, para me aconselhar a que não me candidatasse, porque ia ser muito difícil, depois de janeiro iam haver muitos ataques... E a minha filha respondeu-lhe, e bem, que não respondia por mim, que eu pensava pela minha cabeça. Foi depois de eu perceber o que estava por trás da candidatura do Luís André [Villas-Boas] que eu decidi candidatar-me. Porquê? Porque verifiquei o que estava por trás dessa candidatura", começou por dizer Pinto da Costa.

"Não é ele [Villas-Boas] que tem más ideias, não... Ele transmite as ideias que lhe metem no papel e que ele vai ler. Mas não são dele, porque ele era incapaz, de certeza absoluta, de querer mal ao FC Porto", vincou o presidente, introduzindo outro alvo das suas críticas. 

"O sr. Joaquim Oliveira esteve na primeira fila da apresentação da candidatura do Luís André. Na primeira fila. De onde o conhece? Não sei. Para onde irá? Para onde querem ir? Isso eu sei. Mas não é à minha custa. Não se justifica o FC Porto, que tem o coração na nossa cidade, que é o símbolo da nossa região, que é o orgulho do nosso país, vá para Lisboa apresentar um projeto", afirmou Pinto da Costa, continuando a disparar contra o Centro de Alto Rendimento proposto por Villas-Boas e contra Joaquim Oliveira.

"Foi o único que apareceu nas fotografias, não sei se estava lá mais alguém, mas foi o único que apareceu nas fotografias. Quem foi? O sr. Joaquim Oliveira. Para apresentar um projeto que não tem viabilidade, que não está autorizado, que não tem projeto aprovado, onde não cabe nada, não cabe a totalidade do que disseram que vão fazer, porque metade desse terreno está em reserva ecológica. Portanto, tiveram o bom senso de não vir enganar os portuenses, tiveram o bom senso de ir pregar para a capital. É uma opção", rematou.