PINTO da Costa voltou segunda-feira a tecer duras críticas à Liga, considerando que a actual gestão do organismo profissional não está a "fazer passar uma imagem correcta do futebol português". Na opinião do presidente do FC Porto, as suspensões e multas pesadas aplicadas a dirigentes, técnicos e jogadores por declarações consideradas à margem das leis pela Comissão Disciplinar reflectem um certo despotismo por parte da Liga, o sonegar do direito à liberdade de expressão.
"Li, há dias, que o presidente do Benfica foi suspenso por qualquer coisa como cinquenta dias, que um administrador do Sporting também por cinquenta ou trinta dias e o que parece é que o futebol é um mundo à parte da sociedade portuguesa. Vimos que um presidente de um Governo Regional insultou o primeiro-ministro, que têm havido lutas entre o Ministério Público e os magistrados, e no futebol, sempre que alguém diz alguma coisa, é-se suspenso, o que não coaduna com o sistema criado depois do 25 de Abril. Não sei se o que querem é amordaçar os dirigentes", referiu o líder portista.
Não é de há pouco tempo que Pinto da Costa tem vindo a reclamar uma reforma em determinados regulamentos da Liga. O presidente dos dragões tem pautado a sua postura pela crítica a certos critérios disciplinares e, também, em relação ao modo como é procedido o sorteio dos árbitros. A realização das recentes assembleias gerais da Liga, em que o FC Porto não quis marcar presença, trouxe de novo à tona a opinião de Pinto da Costa sobre a gerência do organismo que tutela o futebol profissional.
"Há que mudar alguma coisa na Liga, criar alternativas, senão não saímos disto. O que é necessário é dar uma imagem diferente do futebol, pois se fizessem uma sondagem entre os dirigentes chegavam à conclusão que não é positiva a imagem da Liga. Mas há quem diga que é preciso mudar, só que, depois dos cochichos, não mudam nada", acrescentou Pinto da Costa, exemplificando a sua opinião com uma conversa entre si o líder do Marítimo:
"O senhor Carlos Pereira contou-me um determinado caso que se passou no balneário do Bessa e depois votou a presença do presidente da Liga no balneário dos árbitros."
O presidente portista não quer moldar a opinião dos outros clubes, mas aos seus olhos tem cabimento uma espécie de “black-out” generalizado como forma de protesto em relação à disciplina da Liga. "Mário Soares disse uma vez que "há o direito à indignação", no futebol é comer e calar. Cada qual tem a sua posição, mas se todos se calarem são vocês da Comunicação Social quem vão meditar e talvez contribuam para uma mudança", afirmou.
PIMENTA MACHADO E JARDEL
Em declarações proferidas no final da semana passada, Pinto da Costa aconselhou Valentim Loureiro a meditar sobre o facto de nove clubes terem optado por dissociarem-se da assembleia geral da Liga, entre os quais, e para além do FC Porto, o Vitória de Guimarães. O líder portista foi questionado sobre se veria com bons olhos Pimenta Machado na presidência da Liga, respondendo afirmativamente, mas realçando saber que o líder minhoto não está interessado em candidatar-se ao cargo. Pinto da Costa diz ter sido mal interpretado por alguns órgãos de Comunicação Social e entendeu por bem reavivar a sua opinião: "O que eu disse é que Pimenta Machado poderia ser uma alternativa, mas sei que ele defende que a Liga seja gerida por pessoas alheadas dos clubes. Pimenta Machado é presidente do Vitória de Guimarães e sei que está nos seus horizontes recandidatar-se e, por isso, não quer tomar a presidência da Liga."
Outro assunto repisado, o castigo aplicado a Jardel, por pretensa agressão no Sporting-FC Porto da penúltima jornada do campeonato passado. Porquê não recorrer da sanção disciplinar? Pinto da Costa reafirmou: "Antes deste castigo, o Jardel já tinha apanhado dois jogos de suspensão e o dr. Caldeira, por dizer que era um castigo injusto, apanhou 40 dias de suspensão, que depois o Conselho de Justiça anulou. Como a Comissão Disciplinar decidiu agora sobre um facto que se passou em Maio, coincidindo esta decisão com as férias do Conselho de Justiça, entendemos que não vale a pena recorrer, até porque quando há decisão dos recursos os castigos já estão cumpridos."
PAULO HORTA
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