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27 outubro

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Pinto da Costa: «Se Sá Pinto saísse, era nosso»

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Pinto da Costa: «Se Sá Pinto saísse, era nosso»

PINTO da Costa anunciou terça-feira à noite que o FC Porto estaria à frente de qualquer outro clube para a contratação de Sá Pinto, caso o jogador viesse a abandonar a Real Sociedad. Numa entrevista concedida à TVI, anunciada prolixamente pelo canal durante todo o dia, o presidente portista simulou uma postura conciliadora em relação a todas as polémicas que têm rodeado a sua acção, mas voltou sempre à ironia habitual, colocando implicitamente em causa as sucessivas atitudes de Vale e Azevedo e José Roquette. O líder sportinguista foi mesmo acusado de inviabilizar a transferência de Sá Pinto, com uma intromissão mal preparada no processo que teria levado a Real a decretar a manutenção do atleta em Espanha.

Na base da vantagem portista para a contratação do internacional português, explicou Pinto da Costa, estaria a própria vontade do jogador. Sá Pinto, que começou a jogar futebol precisamente no FC Porto, "continua portista", e a entrevista concedida esta semana a um diário desportivo apenas terá pecado por redundante. O presidente do FC Porto recordou a ligação do pai do atleta ao clube e lembrou como, há alguns anos, a própria mãe de Sá Pinto lhe escreveu pessoalmente a implorar que recuasse na decisão de dispensar o jogador para o Salgueiros. Para Pinto da Costa, não há dúvidas: "Se Sá Pinto saísse da Real Sociedad, com certeza viria para o FC Porto."

MANTER JARDEL

O desejo de contratar Sá Pinto, explicou o presidente do FC Porto, é uma das provas de que o clube das Antas não pretende minimamente desinvestir no plantel. Outra será, por exemplo, a resistência a uma eventual venda do passe de Jardel. Pinto da Costa reiterou a vontade de manter o jogador no FC Porto e caracterizou as movimentações em torno do avançado brasileiro como "uma guerrinha de empresários”.

A única proposta chegada às Antas para a aquisição do ponta-de-lança, adiantou, veio do Valência. Mas o clube espanhol pretendia ver reduzidos os 16 milhões de dólares da cláusula de rescisão, e essa foi a origem do supremo equívoco gerado em torno da questão. Pinto da Costa explicou que, a vender o jogador, apenas o faria se não tivesse alternativa. E, para não a ter, o comprador teria de desembolsar a totalidade da verba prevista no contrato. "Se o Valência vier a Portugal com 15,999 milhões de dólares, está a perder o seu tempo", sintetizou.

Jardel, acrescentou Pinto da Costa, nunca poderia aliás servir de fonte de receitas para justificar o investimento em jogadores brasileiros feito neste defeso. Segundo o presidente portista, Rubens Junior, Alessandro e Argel estão pagos "ou estarão em devido tempo". O líder do clube das Antas gabou-se mesmo da capacidade de cumprir atempadamente todos os compromissos financeiros do clube, lembrando o pagamento adiantado aos jogadores do plantel e a entrega ao Estado de todas as verbas em dívida.

"SEM RELAÇÕES"

Toñito, explicou Pinto da Costa, é outra prova de que o FC Porto sempre quis investir forte para a próxima época, em que sonha ganhar provas tanto a nível interno como internacional. O presidente portista recorda a polémica nascida em volta do jogador como uma sucessão de equívocos, de que a ignorância do Vitória de Setúbal em relação à situação contratual do atleta terá sido apenas a última. O primeiro -- e mais grave -- terá sido a ideia de que FC Porto e Sporting tinham um pacto para a não sobreposição negocial.

Pinto da Costa não quis justificar por que pôs José Roquette ao corrente das negociações entre o FC Porto e o Vitória de Setúbal para a transferência do jogador, mas reiterou que o clube das Antas foi o primeiro a avançar com os contactos. Em todo o caso, insistiu que no Porto não é guardado qualquer rancor para com as posições assumidas posteriormente pelo Sporting. Os dois clubes "não têm más relações" porque, simplesmente, "não têm relações".

A aproximação que em certa altura marcou a postura das duas partes, justificou, deveu-se apenas à concertação de estratégias visando a constituição das duas Sociedades Anónimas, sem envolvimento pessoal dos dois presidentes. A partir daí, disse Pinto da Costa, cada um seguiu o seu caminho. "Estive com o dr. Roquette no FC Porto-Sporting e só o voltei a ver no Sporting-FC Porto. Depois disso, nunca mais o vi."

JOEL NETO

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