O interesse do FC Porto em Kléber está a esbater-se no preço que o Cruzeiro pede pelo seu avançado. Os responsáveis dos dragões avaliaram positivamente o brasileiro que já soma 23 golos só em 2009, mas não estão na disposição de investir os 15 milhões de euros apontados como necessários para tirar o ponta-de-lança da Toca da Raposa.

Segundo conseguimos apurar, o clube de Belo Horizonte rejeitou nas últimas semanas uma proposta de 12 milhões apresentada pelo Wolfsburgo, mas o passe de Kléber inflaciona a cada golo marcado, sendo ainda público que o Lyon esteve na peugada do artilheiro e que o Saint-Étienne também o aprecia.

Aos 25 anos, o avançado quer regressar à Europa, mas o Cruzeiro não é a única parte interessada. Metade do passe está na posse dos laboratórios farmacêuticos EMS, que herdaram tal percentagem na sequência da troca de jogadores entre os brasileiros e o Dínamo de Kiev, no início do ano: Guilherme foi para a Ucrânia, Kléber regressou ao seu país. O FC Porto tem as boas relações com os mineiros como trunfo, mas também define os seus próprios limites e, acima de tudo, não admite entrar em loucuras.

A aquisição de um avançado está a ser estudada à luz de uma base de dados vasta e de uma política orçamental clara. Kléber é travado pelo preço, tal como já o havia sido Negredo, jogador do Real Madrid que brilhou no Almería (19 golos) e pelo qual os merengues exigiam uma fortuna. A SAD só está excêntrica nas vendas e a sua aquisição mais avultada foi a de Belluschi (5 milhões de euros).

É improvável que o rigor orçamental seja agora ignorado, até porque a decisão de contratar um avançado nem sequer é definitiva. Quanto a Kléber, tanto o Cruzeiro como o seu representante (Giuseppe Dioguardi) se apressaram a desmentir avanços portistas. A verdade é que não há fumo sem fogo e um familiar do jogador deixou-o claro quando atendeu a nossa chamada: "Pediram-me para não dizer nada."