Ainda não é desta que Walter e James Rodríguez fazem a estreia oficial com a camisola do FC Porto, uma vez que os respetivos certificados internacionais não deram entrada nos serviços da Federação Portuguesa de Futebol atempadamente. Para que ambos tivessem autorização para jogar, os documentos deveriam ter chegado até ao início da tarde de ontem. Como isso não veio a verificar-se, André Villas-Boas viu-se privado dos dois reforços.

Uma situação estranha, principalmente no caso de James Rodríguez, já que o anúncio da sua contratação ocorreu a 6 de julho. Passou mais de um mês sem que a federação argentina tivesse enviado à sua congénere portuguesa a documentação necessária para viabilizar a utilização do jogador colombiano, quer na Supertaça quer no arranque da Liga.

No caso de Walter, a situação é mais compreensível, na medida que o brasileiro só assinou pelos dragões a 28 de julho. Passaram duas semanas e, por muito que o processo de envio dos certificados esteja hoje mais simplificado do que há uns anos, não deixa de ser um exercício de burocracia que teima em condicionar as escolhas dos treinadores.

Se James Rodríguez não é uma ausência problemática dada a abundância de opções para o flanco esquerdo, já Walter é motivo de preocupação para Villas-Boas. O treinador conta somente com Falcão para a frente de ataque, já que o processo Kléber também teima em arrastar-se e o brasileiro continua no Brasil.

Apesar de estar há pouco tempo no clube, Walter deixou a sua marca logo na segunda oportunidade que teve na equipa, faturando frente ao Bordéus, no Torneio de Paris. El Bandido também deixou boas indicações na pré-temporada, tendo marcado por duas vezes. Com apenas 19 anos, o colombiano não precisava dos obstáculos colocados pela burocracia, uma vez que a concorrência já lhe dá muito que fazer. Varela regressou à equipa num nível elevado, ao passo que Cristian Rodríguez goza de um estatuto que o torna na segunda opção.

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