O balneário do FC Porto sempre teve um rosto português bem conhecido do público. Um nome associado à equipa de futebol profissional e quase sempre com o estatuo de capitão. Um lugar de destaque que parece estar em vias de extinção na mescla de jogadores que o plantel portista comporta. Tudo porque a aceleração da internacionalização que o desporto-rei tem vindo a sofrer nos últimos anos está a mudar as regras do jogo e a Cidade Invicta não escapa incólume.

A tal ponto que o FC Porto não apresentou nenhum jogador português no onze inicial nos últimos quatro jogos oficiais. Foi assim frente ao Shakhtar Donetsk, frente ao Sp. Braga, frente ao Sporting e agora, com o Athletic Bilbao. Um dado que não passa de uma curiosidade estatística para muitos, mas que se reveste de capital importância para os puristas. Principalmente quando é comparado com a gestão completamente oposta do adversário de ontem.

Com efeito, o clube espanhol sempre foi conhecido por defender a cantera e dar oportunidades aos jovens. Uma política de extremo num mundo cada vez mais competitivo, mas que implica a utilização exclusiva de jogadores bascos.

Em oposição a um FC Porto que voltou a não contar com nenhum titular português, o Athletic apresentou-se no Porto com 10 espanhóis e o central Laporte como exceção. Uma exceção que confirma a regra, mas com justificação, uma vez que, apesar de ter nascido em França, Laporte está dentro dos parâmetros obrigatórios: é basco.

A última vez que Julen Lopetegui deu confiança a jogadores portugueses no onze aconteceu no empate em Alvalade: Rúben Neves e Quaresma entraram, mas foram rendidos ao intervalo.