Filho de José Maria Pedroto diz que a "direção atual virou costas à essência do FC Porto"
Rui Pedroto, filho de José Maria Pedroto, surgiu ao lado de André Villas-Boas na mesa da sala onde decorre a sessão de esclarecimento na Afurada e usou da palavra.
"Sou um amante da Afurada há muitos anos. A minha filha pratica aqui remo. Deleitava-me a passear entre a Afurada e a Ponte Luís I, tenho uma grande afinidade a estas gentes, é talvez o sítio do país onde o portismo se vive com mais intensidade. Há uma memória da minha adolescência, no antigo estádio das Antas, estava uma tarja: ‘Dragões ferozes da Afurada, até os comemos’. A candidatura do André quer devolver ao fenómeno desportivo o respeito, o fairplay. Sou sócio do FC Porto há 48 anos, o meu pai começou a treinar quando eu nasci. Quando o meu pai treinou os juniores do FC Porto, a primeira medida que tomou foi arranjar condições nutricionais para que aqueles miúdos pudessem praticar desporto", começou por dizer.
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"O André já disse aqui o que é o fenómeno dos clubes-empresa. Felizmente em Portugal e Espanha ainda há clubes associações, associações não têm dono. Ninguém é dono do FC Porto, os donos do FC Porto são os sócios. Apoio esta candidatura porque é preciso operar a transformação e modernização deste clube. Não é admissível que rivais nossos tenham aumentado de forma significativa o número dos associados e o FC Porto tenha perdido 17 mil associados nos últimos anos. Não é admissível que um clube que nos últimos 40 anos é o mais titulado dos clubes portugueses, que tenha 80 e tal por cento dos seus associados em três distritos do país. A direção atual virou as costas à essência do FC Porto: que é uma associação, nas associações, repito, não há donos. A erosão da base associativa não é admissível", acrescentou Rui Pedroto.
"Esta é uma candidatura programática e de causas. As casas do FC Porto têm de ser verdadeiros embaixadores do clube. Captar mais associados, desenvolver atividades próprias, colaborar com o clube. Quantos portistas espalhados pelo país têm dificuldades em pagar as suas quotas, com a crise generalizada que se vive em Portugal, sem receberem do clube nada em troca. Quantas vezes foram atribuídos Dragões de Ouro ao portista anónimo, que anda nas redes sociais, nos blogues… Quando recebi a minha roseta de 25 anos tive que a pedir a um dirigente. Presidente anda agora a correr as casas e a organizar eventos quando durantes anos se esqueceu dos associados e só pensou nos seus próprios interesses. Conheço o atual presidente há muitos anos. E se o FC Porto lhe deve muito, também é caso para perguntar: o que é que ele deve ao FC Porto? Olhem para os últimos relatórios do FC Porto e vejam a forma principesca como os atuais administradores se têm feito pagar apesar da degradação financeira do clube", concluiu.
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