Rui Pedroto abordou diversos assuntos sobre o futuro do FC Porto, nomeadamente a reunião entre André Villas-Boas e Sérgio Conceição muitas vezes frisada durante a campanha do novo presidente. Contudo, o candidato a vice-presidente dos dragões considera que "seria especulativo" estar a falar sobre o futuro do treinador portista. 

"Seria especulativo estar a tecer especulações a esse respeito, sendo que Villas-Boas disse, o que é normal, que iria sentar-se com o treinador do FC Porto e discutirem a dois o futuro do clube. Não posso especular mais sobre isso. Alegadamente, foi assinado um contrato de 4 anos, comunicado à CMVM de forma lacónica, mas os pormenores desconhecem-se em absoluto. O que quer que eu diga além disto seria especular", reiterou Rui Pedroto, filho do histórico José Maria Pedroto, vincando a "satisfação" pela vitória nas eleições: "São boas sensações, quem vem para uma refrega eleitoral com esta magnitude, intensidade e tensão que se viveu à volta dela não pode deixar de exprimir uma grande satisfação por ver que as causas, o programa em que acredita e pelo qual lutou prevaleceu."

Apesar de considerar a vitória "inequívoca", Rui Pedroto não quer saltar os passos necessários para todos os orgãos sociais assumirem os respetivos cargos. "Há um conjunto de trâmites que têm de ser seguidos, designadamente um período para reclamações. Nos termos de estatutos, o presidente atual da mesa da AG atual tem de dar posse aos orgãos sociais", revelou, desvalorizando uma passagem de André Villas-Boas pelo Dragão para mais um discurso: "Creio que não, não está planeado. Mas enquanto à passagem de testemunho, há procedimentos estatutários que têm de ser esclarecidos"

Deste modo, o filho do antigo técnico do FC Porto também foi sucinto em relação às críticas de Pinto da Costa durante a campanha, referindo-o como "passado". "Isso não tem qualquer relevância para os destinos do clube e para o superior interesse do FC Porto. Aquilo que moveu todos os candidatos foi servir o FC Porto e não foi minha intenção outra que senão essa. É altura de traçar outro caminho e refundar o FC Porto do século XXI", atirou.

"O clube é detentor da maioria da SAD, que depois terá o seu ato eleitoral para eleger os seus orgãos dirigentes. Dissemos por diversas vezes durante a campanha que não haveria pessoalizações. Imagine que o governo de gestão António Costa tinha decretado, a dois dias de entrar em questão, o local do aeroporto de Lisboa. Cada um que tire as suas conclusões", terminou por dizer Rui Pedroto.