Dragões já consentiram seis golos, mais cinco do que em igual período da época passada...
O desequilíbrio da equipa na parte final do jogo de Moreira de Cónegos pode explicar uma parte do golo marcado por André Fontes que custou mais dois pontos no campeonato, mas não justifica a instabilidade que tem assolado a defesa do FC Porto, especialmente fora da Invicta. Se lhe juntarmos o que aconteceu em Kiev, na abertura da fase de grupos da Champions, foram já duas as vezes em que os dragões deixaram escapar a vitória nos instantes finais por erros de marcação em zonas proibidas.
Em Arouca, o golo de Maurides surgiu também ao cair do pano, mas aí não provocou danos, ao contrário do que Edgar Costa, do Marítimo, fez na segunda jornada do campeonato, quando ajudou a retirar os primeiros dois pontos ao FC Porto. São já seis os tentos consentidos pela equipa de Julen Lopetegui em sete jogos oficiais, o que deixará o técnico naturalmente preocupado.
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Na época passada, em igual período, os dragões só tinham sido batidos por uma vez e na transformação de uma grande penalidade, em Guimarães. De resto, esse registo foi importante para que o FC Porto acabasse o campeonato com a melhor defesa.
Tendo chegado a esta fase com três totalistas no sector recuado (Casillas, Maxi Pereira e Maicon) e com Marcano a ter falhado apenas a deslocação a Kiev, causa maior estranheza a intranquilidade que tem tomado conta da do sector recuado em momentos decisivos.
Desafio
O adversário que se segue é o Chelsea e é aí que a equipa terá de dar uma resposta positiva, perante um oponente que, mesmo não sendo dono de um ataque avassalador, tem executantes acima da média no último terço do terreno, como são os casos de Diego Costa, Radamel Falcão, Willian ou Hazard.
Para travar a linha ofensiva de José Mourinho, Lopetegui conta com o melhor rendimento defensivo da sua equipa em casa, onde ainda não consentiu qualquer golo. V. Guimarães, Estoril e Benfica saíram em branco do Estádio do Dragão e nem sequer dispuseram de muitas oportunidades para marcar, o que demonstra a diferença que resulta de jogar dentro de portas ou fora. Manter esta tendência depois de amanhã é meio caminho andado para um bom resultado.
Maior experiência sem efeitos práticos
Comparando com o que aconteceu na época passada, em que os homens mais recuados tinham na juventude uma das suas características, com Danilo e Alex Sandro como principais protagonistas, a fortaleza que Lopetegui construiu para a presente campanha é bem mais experiente, desde logo com as presenças de Iker Casillas (34 anos) e Maxi Pereira (31). Estes juntam-se a Maicon (27), Marcano (28) e Layún (27).
Uma maior rodagem que acaba por não surtir efeitos em termos práticos, dado que a retaguarda tem aberto brechas em momentos decisivos. Recorde-se que os dragões têm ainda de reserva Aly Cissokho, com 28 anos. Bem mais jovem é Bruno Martins Indi, com 23 anos, que começou a temporada transata a titular, mas na presente campanha só tem surgido a espaços. Ángel e Lichnovsky correm por fora.
Média foi subindo nas últimas saídas
Após um registo entendido como normal nas duas primeiras saídas da época, com um golo sofrido na Madeira e outro em Arouca, o cenário complicou-se nas duas deslocações que se seguiram. Tanto em Kiev como em Moreira de Cónegos, os dragões foram batidos por duas vezes, sendo que tanto num jogo como no outro viram os adversários chegarem à igualdade quando o quarto árbitro já se preparava para levantar a placa com o período de descontos.
Frente ao Moreirense, Lopetegui não escondeu o seu descontentamento depois de ver a bola entrar na baliza de Casillas pela segunda vez, berrando para dentro do campo. Após uma atitude corajosa que permitiu ao FC Porto colocar-se em posição de vantagem à entrada do último quarto de hora, o técnico espanhol viu esfumar-se o triunfo ao cair do pano.
NÚMEROS
4 - os laterais-esquerdos utilizados por Lopetegui nos sete jogos oficiais. Alex Sandro ainda esteve na primeira jornada do campeonato, seguindo-se Aly Cissokho, Martins Indi e Miguel Layún, que agarrou o lugar
3 -caras novas no atual quarteto defensivo em relação ao arranque da época passada. Danilo, Martins Indi e Alex Sandro deram os seus lugares a Maxi Pereira, Marcano e Layún. Casillas ocupou a baliza que era de Fabiano
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