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FC Porto

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20:45

15 dezembro

Estrela

Estrela

Trituradora indelicada

Licá saltou da cartola de Paulo Fonseca e o troféu ficou entregue antes do intervalo...

Trituradora indelicada
Trituradora indelicada

Foi demasiado fácil a conquista da 20.ª Supertaça por parte do FC Porto. Os dragões continuam intocáveis em Aveiro e somaram um penta que reforça o seu domínio na competição. Desta vez a passagem pelo Estádio Municipal tornou-se praticamente um passeio.

Consulte o direto do encontro .

A trituradora azul e branca não foi em delicadezas e deixou a questão do troféu resolvida logo na etapa inicial. O estreante Licá saltou da cartola de Paulo Fonseca e aquele que poderia ser o ponto mais fraco da engrenagem afinal tornou-se um argumento determinante no desequilibrar da balança.

A noite foi de verdadeiro pesadelo para os minhotos. Ao contrário do que aconteceu com o ex-estorilista do lado do FC Porto, nenhum dos investimentos de risco de Rui Vitória rendeu juros. Recorrendo à linguagem de golfe que Pinto da Costa associou à Supertaça quando criticou o design do novo troféu, este V. Guimarães revelou ainda ter um handicap demasiado débil para se bater com um adversário tão forte.

Ainda por cima, aos primeiros minutos de alguma garra vimaranense, procurando impor respeito ao campeão, o FC Porto respondeu com um golo logo ao primeiro remate. Um lançamento de linha lateral desorganizou a defesa e Lucho, nas costas de Moreno, teve espaço para servir um Licá mais expedito que Pedro Correia. Prolongando as metáforas golfistas, o segundo buraco foi notavelmente completado logo na tacada seguinte. Desta vez foi o inevitável Jackson, confirmando que o V. Guimarães é mesmo a sua vítima preferencial (5 golos apontados em 3 jogos).

Para agravar o cenário só faltava mesmo Rui Vitória deixar Leonel Olímpio, Ricardo Gomes e Maazou durante minutos infinitos a aquecer, hesitando em agitar de imediato as águas e sujeitando-se a sofrer um golpe que seria sinónimo de uma sentença irrevogável. Lucho González puxou dos galões de Comandante e sublinhou com o seu golo que, a este nível, não há margem para tibiezas ou hesitações.

Reboque

Em relação ao conjunto que levantou a Taça de Portugal, o V. Guimarães apenas repetiu quatro titulares: Douglas, Paulo Oliveira, Addy e André André. Josué na defesa, Crivellaro no miolo criativo e Tomané no ataque foram injeções de juventude que se adivinhavam, mas que contrariaram a via mais prudente que teria passado pelo recuo de Moreno, evitando o sacrifício Leonel Olímpio a meio-campo. O facto é que o FC Porto tomou facilmente conta da bola (70% de posse), foi muito mais agressivo e somou 17 remates perante um adversário que apenas obrigou Helton a aquecer as luvas quando Addy tentou marcar um golo... do meio-campo.

A questão é que, mesmo no plano estratégico, Paulo Fonseca forçou o oponente a andar sempre a reboque. Sem Danilo, ninguém no seu juízo perfeito imaginaria que seria Fucile o jogador com mais ataques e cruzamentos da partida. Rui Vitória queimou Marco Matias, o elemento mais em foco da pré-época, para travar as subidas de Alex Sandro e, com os movimentos interiores de Barrientos, abriu uma avenida para o uruguaio.

As três substituições dos minhotos esbarraram na gestão tranquila do ritmo da partida realizada pelo FC Porto, que através de Mangala mantinha o gigante Maazou espartilhado. Pelo contrário, só foram notícia mais algumas ocasiões desperdiçadas e as pinceladas de talento espalhadas por Quintero, que Paulo Fonseca lançou em simultâneo com Lucho González. Afinal, também no hábito de ganhar o novo dragão parece pouco diferente do anterior.

NOTA TÉCNICA

Paulo Fonseca. Uma estreia perfeita pelo FC Porto. Somou o seu primeiro título, descobriu o reforço que faltava na esquerda e a equipa dominou de fio a pavio. (5)

Rui Vitória tomou opções de risco ao confiar em jovens que não corresponderam. Desta vez a fórmula falhou e depois tardou demasiado tempo a mexer na equipa. (1)

Árbitro da partida: Artur Soares Dias (4)

A linha de Artur Soares Dias tornou-se clara logo desde os primeiros lances disputados. Adotou o tal critério largo que tantas vezes se torna polémico, mas teve o condão de manter sempre a partida controlada, mesmo deixando a corda esticar em alguns lances mais duros. Só admoestou Moreno e na reta final da partida. Lapsos sérios foram sobretudo as duas deslocações mal assinaladas a Licá em momentos de perigo para o Vitória.

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