Aos 34 anos, o guardião já conquistou 21 títulos no escalão sénior, por Real Madrid e seleção espanhola...
A bomba de terça-feira explodiu mesmo. Iker Casillas, um dos melhores guarda-redes da história do futebol, é jogador do FC Porto para as próximas duas temporadas e permite ao Dragão contar com um dos futebolistas mais mediáticos dos últimos anos, ao mesmo tempo que o futebol português recebe, porventura, um dos seus reforços mais sonantes de sempre.
Aos 34 anos, Casillas chega ao Dragão já com 21 títulos no escalão sénior, ao serviço de Real Madrid e seleção espanhola. Campeonatos espanhóis, Ligas dos Campeões, Europeu e Mundial de seleções... o menu é vasto e, no que respeita ao palmarés, apenas Peter Schmeichel se lhe pode equiparar entre os craques que aterraram em Portugal com estatuto de imortais (o dinamarquês tinha 15 troféus). Ainda assim, Iker, até pelo facto de ter atuado mais tempo num grande clube e de capitanear uma geração fantástico em Espanha, chegou mais longe do que o gigante nórdico que representou o Sporting.
Melhor do Mundo mais vezes
A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) - que escolheu Schmeichel como o 7.º melhor guarda-redes do Século XX - atribui desde 1987 um prémio ao dono das balizas que mais se evidenciou em cada ano. E Casillas é, precisamente, o guardião que mais vezes recebeu o galardão: cinco, à frente de nomes como Buffon (4), Walter Zenga, Oliver Kahn e Chilavert (3). No entanto, a IFFHS elegeu o italiano como o melhor da primeira década do Séc. XXI, logo à frente de... Casillas.
No Dragão, Casillas tem à sua espera a titularidade e também o estatuto de futebolista mais bem pago de sempre do futebol nacional. Com a sua entrada em cena, o FC Porto passa a contar com quatro elementos para este posto - Helton, Andrés Fernández e Ricardo Nunes -, sendo previsível que dois deles saiam, até porque Gudiño estará entre os jogos na equipa B e os treinos às ordens de Lopetegui.
Em queda?
Desde que se lesionou gravemente em janeiro de 2013 e, posteriormente, mesmo após recuperar, a vida de Casillas nunca mais foi a mesma. Perdeu a titularidade da baliza do Real para Diego López - quando José Mourinho era o treinador -, algo simplesmente impensável tendo em conta o seu passado, e nem mesmo o despedimento do português amenizou a situação. Aliás, com Carlo Ancelotti, em 2013/14, só realizou dois jogos na Liga espanhola, conseguindo brilhar na Liga dos Campeões, acabando mesmo por levantar a "Décima" em Lisboa.
Na temporada passada, voltou a ser aposta regular para o onze, suplantando Keylor Navas, mas a verdade é que a unanimidade à sua volta deixou de existir. O erro na final da Champions no Estádio da Luz e outras exibições menos conseguidas posteriormente deixaram alguns merengues a pensar se Mourinho não teria mesmo razão quando sentou o capitão. Daí à ideia de que Iker já está claramente na curva descendente foi um passo mas, como sucede várias neste posto tão particular, a longevidade costuma ser uma realidade. Com efeito, os anteriores monstros estrangeiros das balizas que chegaram a Portugal foram exemplos crassos: Preud'Homme (35) tornou-se um dos melhores de sempre do Benfica; Schmeichel (34) foi decisivo para o fim do maior jejum do Sporting sem campeonatos; Júlio César (34) mostrou que não estava acabado e recuperou a confiança dos adeptos no homem das redes, fazendo esquecer o jovem fenómeno Oblak num ápice.
Este é, portanto, o grande desafio de Casillas na primeira vez que experimenta o estrangeiro (jogou sempre no Real, desde 1990, nos escalões jovens, e desde 1999 na formação principal): provar que não está acabado e fazer por merecer o elevadíssimo ordenado e toda a aura que granjeou numa carreira fantástica que, esperam os dragões, possa engrossar com mais uns títulos.
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