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23 outubro

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Víctor Fernández: «Não esperava»

Ainda falta muito campeonato mas o FC Porto vai já para o terceiro treinador. Depois do veto a Del Neri ainda sem futebol a sério, chegou a vez de Víctor Fernández não resistir à pressão. José Couceiro é o preferido de uma lista com mais quatro nomes de técnicos portugueses

Víctor Fernández: «Não esperava»
Víctor Fernández: «Não esperava» • Foto: António Simões

Víctor Fernández não resistiu e ontem deixou de ser treinador do FC Porto, após duas reuniões, de manhã e de tarde, com Pinto da Costa. “Fui surpreendido e não podia imaginar que isto ia acontecer”, disse, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Os argumentos do treinador espanhol não parecem ter convencido o presidente, que só hoje lhe deverá comunicar pessoalmente a decisão. “Não o esperava mas o bom é que não sofri, foi tudo muito súbito...”, comentou ainda. “Éramos líderes até domingo e estávamos qualificados para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões”, ainda disse em sua defesa. “Com calma e serenidade vamos resolver este problema”, disse Pinto da Costa sobre a meia-noite, confirmando o que Fernández já tinha anunciado. “Trata-se de um grande senhor”, foi como o presidente portista falou do ex-treinador, anunciando que já tinha recebido diversas propostas para o posto de trabalho em aberto.

Outro José

José Júlio de Carvalho Peyroteo Martins Couceiro, 42 anos, poderá tornar-se o terceiro treinador da época do campeão nacional e da Europa. O técnico dos sadinos, que ontem roubou dois pontos ao Sporting em Alvalade, era o nome sublinhado numa lista onde constavam também os nomes de Carlos Brito (treinador do Rio Ave), Mariano Barreto (Marítimo), Vítor Pontes (U. Leiria) e Agostinho Oliveira.

Quando o jogo de Alvalade terminou, José Couceiro disse desconhecer o interesse portista mas considerou uma “honra” ser falado. As duas partes poderão encontrar hoje uma plataforma de entendimento.

Ases baralhados

Víctor Fernández apanhou um plantel já formado e não teve tempo para fazer a sua pré-época. Numa equipa que tinha perdido Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco, Pedro Mendes e Alenitchev, toda a expectativa se concentrou no brasileiro Diego e depois no seu compatriota Luís Fabiano.

No meio deles, o regressado Hélder Postiga, outro trunfo forte para a época de rescaldo do título europeu. Fernández começou por validar a saída do defesa-esquerdo Rossato e por mandar avançar Fabiano. O nº 9 chegou lesionado, jogou e lesionou-se de novo. E no lado esquerdo ficou um buraco quando Nuno Valente, ao serviço da selecção, quase rompeu o ligamento de um joelho, problema só agora prestes a ser resolvido. Quanto a Postiga, tem jogado pouco e ainda não facturou!

Turbulência no balneário

Para além dos problemas de afirmação futebolística, no campeonato e na Liga dos Campeões, Víctor Fernández é também acusado de não ter sido capaz de gerir as diversas sensibilidades do balneário. O episódio que terá motivado a decisão da administração em colocar Carlos Alberto e Derlei, no início de Janeiro, no mercado ter-se-á passado mesmo nas suas barbas, durante uma palestra.

A tensão entre os "senadores" e os brasileiros que se atrasaram no regresso das férias natalícias foi impossível de controlar, mesmo com a intervenção do presidente. E desta forma a equipa perdeu Carlos Alberto e Derlei.

À beira de um ataque de nervos

A crise portista é fácil de sustentar numericamente. Desde que venceu o Chelsea, dia 7 de Dezembro, o FC Porto de Fernández só conseguiu vencer o Moreirense, em casa, e a União de Leiria, fora, e sempre pela margem mínima. Aos empates com Marítimo, Rio Ave e Académica seguiu-se a derrota de domingo.

Recado de Pinto da Costa

“A partir de amanhã (hoje), todos, sem excepção, que quiserem ser dignos do nosso capitão (presente na sala do casino) vão iniciar uma vida nova”, foi o recado que Pinto da Costa deixou no seu discurso após o jantar de aniversário da casa de Espinho dos dragões.

“Amanhã não me vou demitir”, disse, recordando que foi em Espinho que, há três anos, quando se projectava a saída de Octávio e a chegada de Mourinho, “se iniciou um ciclo de sucessos”. Pinto da Costa prometeu a “dignidade”, a “honra” e a ”ambição” de sempre, em mais uma mensagem para dentro.

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