Presidente do FC Porto está presente no Portugal Football Summit
André Villas-Boas participou esta manhã no Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol.
Quão diferente é a vida e pressões de treinador com a de presidente? Feita de grandes mudanças e aventuras, evidentemente. O que se mantem é o amor único pelo FC Porto, o que representa, valores e princípios, destino de vida, obrigação, sentido de chegar a presidente. Agora sentido de missão, melhor servir a instituição e entregá-la melhor, o que será difícil tendo em conta o passado histórico e glorioso. Entregar com títulos, bem estruturada, com crescimento associativo. Uma transformação enorme pessoal. De treinador a presidente muitas diferenças, o meu dia a dia é liderar equipas, posso orgulhar-me que terei das melhores equipas de gestão do país e por isso temos tido estes resultados em 16 meses.
Balanço até ao momento: "Do plano desportivo ambicionamos títulos e primeiro ano de mandato foi violento... O FC Porto ficou aquém dos objetivos; algumas mudanças pelo meio, uma reestruturação financeira gigante. O FC Porto movimentou cerca de 450 M€ em mercado e operações financeiras. Foi o que o salvou. . Situação foi perigosoa, fomos ajudados por sócios com papel comercial, depois uma das operações financeiras, que vira replicada nos outros grandes, levantamos 115 milhões de euros com dívida americana. Caminho de reestruturação, vendemos 30%. Injeção serviu para salvar o FC Porto e mante-lo enquanto clube de associados. É o nosso maior propósito e assim o queremos deixar".
"Felizmente encontrei pessoas muito metódicas, muito profissionais, que se entregaram de alma e coração aos destinos do FC Porto. Pessoas que me ajudaram a chegar e executar um plano. Onde nao havia capital, tivemos de nos suportar nos sócios, aqueles que amam o FC Porto, que nos permitiram levantar 15 M€ dos funcionários, jogadores, estava numa situação limite. Trabalho de background em campanha foi fundamental. Abrindo mercados, reunimos com JP Morgan, ver como pessoas respondiam à marca FC Porto, a credibilidade na banca estava de rastos. Não queríamos que fosse com violência de acabar em 3.º, ganhámos a Supertaça e podemos orgulharmo-nos dela, mas foi curto".
Vamos ver o Milan-Como na Austrália e o Villareal-Barça em Miami. Será que o futebol português pode aproveitar esta janela de oportunidade?
Presidente do FC Porto
Sócios são chave e pilar forte? "É uma nova abertura. Os sócios têm-nos ajudado muito, estamos a crescer 15% ano em associados. Podíamos pensar que estava relacionado com as eleições de 2024, mas voltamos a crescer nos últimos seis meses. Dá-nos sinais de uma nova forma de viver o associativismo e pessoas quererem aderir ao FC Porto pelo associativo, que permite terem outro tipo de experiência e forma de se relacionar com o clube. Medidas como o portal do sócio, portal da bilhética, a transformação digital estava atrasada; a revenda de lugares anuais, experiências no estádio e únicas para sócios, que podem ser selecionados para deixar as taças das modalidades em museus e presenças em treino. Há cada vez mais atenção ao detalhes e importância dos sócios. E há retribuição, pelo crescimento e a relação que temos. Pela primeira vez há lista de espera para lugares anuais, nos camarotes... faz parte do crescimento de um novo momento e uma nova forma de os sócios se relacionarem com o clube”.
Aposta na internacionalização: ”É uma obrigação. Estamos na expansão da marca e posicionamento internacional, o que obriga a uma nova faceta do FC Porto, no placement e no brand do mercado internacional. Um grande desafio. Essa expansão terá de vir acoplada e associada a outras coisas, como novas competições e formatos. Noutras modalidades há diferentes competições, supertaças ibéricas, ligas transfronteiriças... o futebol caminha para esse sentido daqui a 10 anos. Lancei a Supertaça Ibérica ao Pedro Proença e outros grandes portugueses e espanhóis. Agora andamos todos às cabeçadas, mas quando tomei posse ficou essa semente de criação, que foi bem acolhida pelo Real Madrid, Atlético, Barça, Benfica, Sporting e FPF. É fundamental esta nova forma do futebol. Vamos ver o Milan-Como na Austrália e o Villareal-Barça em Miami. Será que o futebol português pode aproveitar esta janela de oportunidade? Há jogos com 1.500 espectadores. Um Casa Pia-Sporting pode ter 2 ou 3 mil espectadores, um jogo desta natureza podia ter estádio cheio em Newark, por exemplo. A FIFA já disse que foi uma exceção aprovada e não quer dar continuidade, diz que ligas devem ser jogadas nos países, mas o campo está aberto e cabe às federações fazerem algo. São desafios que são responsabilidade de maior do futebol português, de todos, clubes, FPF e Liga. É preciso partir pedra, criar cimeiras de presidentes realmente ricas em conteúdo e discussão como esta Summit é.”
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