Carlos Cunha e a mudança de treinador: «Não podemos meter a cabeça na areia e pensar que não aconteceu nada»

Técnico do Gil Vicente deixou uma mensagem de apreço a Vítor Campelos

• Foto: Luís Vieira/Movephoto

O técnico interino do Gil Vicente, Carlos Cunha, pode ter preparado a partida com o Sporting de forma a Tozé Marreco assumir, de seguida, a formação dos galos. Contudo, o atual treinador dos sub-23 gilistas não esquece o anterior técnico, Vítor Campelos, com quem trabalhou nesta temporada e a quem, inclusive, deixou uma mensagem na conferência de imprensa.

"Não poderia deixar de o fazer. Quero mandar um grande abraço ao Vítor Campelos, em sinal de reconhecimento. Ele, que esteve comigo aqui durante todos estes meses em contextos, no início da época, um pouco complicados, fruto de algumas perdas de jogadores. Começou a preparação da época com muitos dos meus jogadores em estágio. Estas coisas não são esquecidas e temos de nos lembrar que a vida de treinador é, muitas das vezes, exigente e, por vezes, ingrata. O que é certo é que, da minha parte, merece o maior sucesso do mundo e estará para sempre marcado na passagem aqui por nós e é essa amizade que fica para o futuro", disse Carlos Cunha, que viu atletas como Miro, Miguel Monteiro, Brian Araújo e mais nomes entrelaçar várias exibições entre a formação principal e o plantel que milita na Liga Revelação.

Vai manter o modelo de Vítor Campelos?

"É inevitável termos uma partilha de ideias, porque é a nossa forma de trabalhar. Como vocês sabem estou na equipa de sub-23. Os nossos ativos estavam sempre para cima e para baixo de acordo com o que era necessário e nós trabalhámos em conjunto. Isto não são duas ilhas, mesmo os sub-19. Mesmo o próprio modelo de jogo é semelhante. Quando falo em nuances, falo em estratégia, e a equipa está preparada com a base que o Vítor nos deixou."

O estado de espírito dos jogadores.

"Não é diferente do que aconteceu no ano passado, são coisas próprias do futebol. Acho que a equipa está confiante, mas também só posso falar daquilo que vejo e que é o feedback dos jogadores. O compromisso está lá e a equipa continua unida, como tem sido o exemplo daquilo que se tem visto na época. Mas não podemos meter a cabeça dentro da areia e tentar pensar que não aconteceu nada."

Situação no campeonato.

"Estamos a dois pontos do playoff, mas estamos também a dois pontos do décimo lugar. Prefiro olhar para o copo meio cheio. Sei que o campeonato vai ser disputado até ao fim mas tenho a forte convicção que o Gil Vicente vai sair deste lugar, juntar-se ao décimo e a partir daí subir mais."

Por João Albuquerque
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