O Gil Vicente desloca-se, pelas 19 horas desta sexta-feira, à Mata Real para defrontar o Rio Ave, num jogo que César Peixoto classificou como um em que ainda há "pontos em disputa". Nesse sentido, o técnico dos gilistas está à espera de um cenário que "não é fácil". 

Contudo, o treinador, de 44 anos, confirmou a notícia de Record desta quinta-feira, afirmando que Rodrigo Rodrigues, Diogo Costa e Gui Beleza estiveram a treinar durante a semana de trabalho e estão convocados para o encontro. "É um jogo onde iremos levar três miúdos dos sub-23, enquadrado no projeto que temos aqui para o clube, é importante para nós dar essa oportunidade, para a malta da formação perceber que estamos atentos cá em cima e haverá essas oportunidades", disse o técnico, salientando outras razões importantes para estas chances: "Temos alguns lesionados também e surge a oportunidade para eles. Mas aqui não é dado nada, são miúdos com qualidade. Têm mérito, trabalho e talento e estamos atentos."

Mudanças no onze: "Se olharem para trás, quase toda a gente jogou. Em função de lesões ou castigos, houve oportunidades durante as semanas também. Estou aqui para projetar o Gil Vicente de presente e do futuro. Seremos sempre competitivos, sempre com o onze mais forte possível. E digo aqui: os jogadores que entraram do banco foram sempre muito importantes, entraram bem nos jogos com o espírito certo e é necessário valorizar como quiseram agarrar a oportunidade. Alguns que vieram do banco acabaram por segurar o lugar. A competitividade interna é o primeiro passo para a competitividade externa, é assim que penso."

Como vai entrar neste jogo com o Rio Ave? "Acho que é importante mantermo-nos ligados num jogo que não será fácil, apesar de já não contar para nada, embora tenha pontos em disputa. Temos de ter esse ADN, de tentar ganhar e fazer um bom jogo. Transferir o que fizemos no último jogo para este e terminar com uma vitória, sempre melhor do que um empate ou uma derrota. Tentámos que esta semana fosse normal e que os objetivos fossem cumpridos. Quem vier ver, tem de ficar satisfeito com o resultado e com o jogo."

Com a permanência garantida, como motivou os jogadores? "Acho que é sempre da mesma forma, acho que fizemos um bom jogo com o Arouca, não vencemos mas merecemos vencer. Temos de estar focados no processo para melhorar e foi sempre assim que agimos. É normal, mas quero que aprendam a competir nem que seja a feijões, acho que temos de incutir isso aqui. É essa a comunicação do nosso trabalho, e foi desta forma que fizemos um grande jogo em casa com o Arouca. É fazer o mesmo, se conseguirmos três pontos podemos subir na classificação, apesar de não haver grandes coisas a ganhar."

Fala muito no ADN. Como não foi o César a construir o plantel, já perspetiva mudanças na equipa para o próximo ano?  "O ADN é a nossa ideia de jogo e a forma de encarar o espírito que queremos no clube, com conquista e trabalho, às vezes, quando as coisas não resultam, a dedicação e o esforço são inegociáveis. Para mim, isto é o ADN e, depois, quem o interpreta tem de ver isto. Seja contra quem for, tem de ser da mesma forma, olhando seja para quem for. É assim que eu quero o ADN da equipa e penso que isso se foi vendo nos jogos, a equipa foi competitiva com ou sem bola. Por isso, o caminho é este."

Quem são os lesionados? "O Sandro Cruz, o Fujimoto, o Rúben Fernandes e o Tidjany. Já estão há alguns jogos e vão continuar de fora neste."

Vai continuar no Gil Vicente? "Sim, vou continuar, está resolvido. Estarei com todo o gosto, gostei da forma como estamos a terminar a época e estarei aqui com todo o gosto."