Técnico quer regressar às vitórias já na partida frente ao E. Amadora
A exibição do Gil Vicente diante do Benfica, em pleno Estádio da Luz, deu que falar nos dias que se seguiram ao jogo pela forma como a equipa orientada por César Peixoto conseguiu criar grandes dificuldades às águias a jogar na qualidade de visitante. Apesar dos muitos elogios, no final ficou o amargo de boca de não sair com pontos na bagagem, ao contrário do que o técnico dos galos acreditava ser merecido. No entanto, agora é momento de virar a página e focar no encontro com o E. Amadora, agendado para este sábado.
"Fizemos um bom jogo na Luz, mas não trouxemos nada de lá, que era o que queríamos. Elogiaram a exibição, sabe bem, mas não nos distrai do nosso caminho. É outro jogo, outra história. A equipa está confiante apesar de não ter vencido, sabe o que fez, mas sabemos que vamos apanhar o E. Amadora, que é uma equipa difícil, que fez quatro pontos nos últimos jogos. Uma equipa que mudou de treinador, o que nos deixa na dúvida do que poderá aportar já ou não. É difícil prever o que vai acontecer. A equipa vai estar preparada para ser competitiva, seja com linha de cinco ou de quatro. Importante é estarmos focados no que temos feito, no que nos tem levado a sermos competitivos e não abdicarmos desses valores. Organização, humildade, agressividade, qualidade", disse o técnico, reiterando de pronto a mensagem.
"Tem que ser. Sabemos que o futebol é aquele jogo, não podemos fazer nada, já terminou. Sentimos frustração enorme, fizemos um bom jogo e merecíamos ter trazido qualquer coisa. Do passado vivem os museus, temos de deixar isso para trás e focar no E. Amadora, que acho mesmo que pode complicar e muito a vida. Temos de manter a estabilidade, a nossa resiliência, a nossa consistência e lutar pelos três pontos, jogando em casa. Temos de nos assumir favoritos seja contra quem for. É importante que os adeptos venham, têm sido importantes nos jogos em casa. Queremos que acreditem nesta equipa, há uma ligação forte entre adeptos e equipa e eles são cruciais para conseguirmos vencer este jogo frente ao E. Amadora que nos vai complicar a vida", frisou.
Não obstante os indicadores positivos deixados frente a um rival que luta por outros patamares, César Peixoto deixou o alerta de que o jogo que se segue trará novos desafios, até porque existe um ponto de interrogação quanto à forma como o E. Amadora se irá apresentar. A atenção tem que ser máxima. "É essa a dúvida que temos. É mais fácil para o treinador adversário preparar o Gil Vicente, tem mais informação ao longo dos jogos do que nós. Não sabemos bem o que o E. Amadora vai apresentar. Desde a pré-época fomos construindo a equipa para estar preparada para linha de cinco ou de quatro. É uma incógnita, não sabemos o que esperar. Analisámos o treinador do E. Amadora pelo que fez no Belenenses e noutras equipas. Já jogou com linha de 5, no Belenenses não jogava tantas vezes assim. Fomos criando essa dúvida e trabalhámos essa dúvida para a possibilidade de haver alguma surpresa. Temos de saber ler de início o que há de diferente. Acredito que alguma coisa vá mudar. Importante é não deixarmos de ser quem somos, não deixarmos de ser uma equipa humilde e trabalhadora", apontou, num tom cauteloso que utilizou também quando foi questionado sobre se esta equipa do Gil Vicente, pelo que tem mostrado, poderá ser tida em conta para outros voos no campeonato.
"É muito cedo. Mas há uma coisa que temos provado semana após semana. Quem vier jogar contra nós vai enfrentar uma equipa competitiva, que vai tentar ter bola, vai tentar ser ofensiva, uma equipa organizada, que nunca vira a cara à luta. Uma equipa que não oscila, que vai ser competitiva, que vai valorizar o campeonato. No final, faremos as contas. É muito cedo. É um erro. Fizemos um bom jogo na Luz, trouxemos uma boa exibição, mas queremos vencer. Queremos ser competitivos em todos os jogos, não é por fazermos um bom jogo na Luz e não trazermos pontos que vamos criar um objetivo maior. O nosso objetivo é mostrar que em Barcelos há um grupo que vai lutar pelos três pontos, independentemente do adversário", sublinhou.
Paragem indesejada
O jogo frente ao E. Amadora será o último antes da paragem para os compromissos de seleções, que se estenderá por duas semanas. Questionado sobre a pausa, César Peixoto não escondeu que preferia continuar a competir. "Eu gostava de continuar a competir. A equipa está num bom momento, estamos cada vez melhores. A equipa cresceu bastante com bola. É o calendário que temos. Depois da paragem jogamos com o Ac. Viseu, com o Alverca, depois 10 dias até ao jogo seguinte. Não faz muito sentido, até para nós em termos de planeamento e cargas. Faz-nos pensar, mas também nos vai fazer evoluir. Gosto de competir, semanas curtas, jogar. Podemos aproveitar para ver o outro lado, trabalhar outras questões que temos para melhorar, seja questões ofensivas e defensivas. A equipa tem estado muito ligada, muito competitiva, sempre com a mentalidade muito num pico máximo. Temos também de descontrair, aliviar a pressão para voltarmos e sermos a mesma equipa", referiu.
Felicidade por Konan
Ghislain Konan tem sido uma das figuras do bom arranque de temporada do Gil Vicente e o rendimento valeu-lhe o regresso à seleção da Costa do Marfim. E para o lateral-esquerdo, César Peixoto só teve elogios. "Já era selecionável. Teve um ano em que não jogou muito. Acreditamos no potencial dele. Tem qualidade, tem estado competitivo, é maduro e tem mostrado qualidade acima da média. É sinal do crescimento do clube, da qualidade que existe tanto na equipa principal, como noutras equipas. É importante para nós, deixa-me satisfeito potenciar jogadores para serem convocados pelas seleções. É sempre bom porque adquirem outros conhecimentos, outra cultura e também usufruímos disso", partilhou.
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