Vasco Botelho da Costa: «Disse aos jogadores que seguramente para a equipa do Fafe é o jogo da vida deles»

Treinador do Moreirense projeta jogo da Taça de Portugal

Vasco Botelho da Costa deixa alerta para jogo com o Fafe
Vasco Botelho da Costa deixa alerta para jogo com o Fafe • Foto: Lusa/EPA

Vasco Botelho da Costa projetou, ao final da manhã deste sábado, o encontro com o Fafe. O jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal será este domingo, pelas 14 horas, em Fafe.

Que jogo espera amanhã diante do Fafe, para a Taça de Portugal?
Será um jogo muito difícil. Sei bem o que é estar do lado de lá. Disse aos jogadores que seguramente para a equipa do Fafe é o jogo da vida deles. Mas para nós também tem que ser. Porque é muito daquilo que nós temos tentado construir. E se nós usamos esta argumentação para que o chip contra o Casa Pia tinha que ser o mesmo que foi contra o Sporting, ao contrário também deve ser assim. Portanto, é percebermos que o adversário é um adversário de valor, que é muito forte em casa, que vem de uma série de bons resultados. O que temos que olhar em termos de adversário não é o escalão, não é o próprio valor em si, mas as características porque são elas que vão determinar como é que nós temos que jogar, como é que temos que pressionar, como é que temos que construir. Temos um objetivo muito claro que é voltar às vitórias. Ainda está muito presente em nós a derrota na Madeira. Não foi bom esta paragem porque nós queremos é jogar, até porque sentimos que no global foi um jogo em que estivemos bastante bem. E, portanto, estamos ansiosos por voltar ao campo, conscientes das dificuldades. E queremos muito passar esta eliminatória, porque a Taça é uma competição que é importante para nós.

Do que conhece do Fafe, que argumentos entende que o adversário pode apresentar?
O Fafe é uma equipa com jogadores muito experientes, um plantel com jogadores com muita história, maioritariamente na 2ª Liga. Se nós permitirmos que os jogadores tenham bola, eles vão executar com qualidade. Depois, obviamente, colocando-me no lugar da equipa do Fafe, eles não têm nada a perder, vão jogar despreocupados, sem pressão, jogar o jogo pelo jogo, garantidamente. Têm ali uma nuance tática que acaba por ser interessante. O facto de partirem de um 3-4-3, sendo que dão muita liberdade ao central do meio, muitas vezes acabam por estar em 4-3-3. É uma equipa, sem dúvida alguma, com valor, com jogadores experientes, muito forte nos momentos de bola parada. É isso que temos que ter presente para perceber como é que temos que jogar este jogo, de modo a conseguimos ter sucesso, porque não queremos fugir em nada ao que costumamos ser. Nos momentos em que tivermos bola, queremos sermos dominadores, continuarmos esse nosso processo de crescimento, que eu acho que tem melhorado de jogo para jogo.

Há muitas surpresas na Taça, procurou alertar os jogadores para isso?

O grupo deixa-me tranquilo. Essa questão do trabalho mental é trabalhada diariamente. O dia a dia envolve planeamento do lado mental para a semana. Não tenho qualquer tipo de indicador da nossa equipa que possam ter algum relaxamento, até porque estamos a querer construir uma mentalidade ganhadora, que não era assim tão presente como foi até aqui. O último jogo ditou uma derrota e portanto queremos muito mudar isso. Não tenho nenhum indicador que seja uma equipa que possa vir a relaxar e estamos muito focados naquilo que é o jogo, sabemos bem o que temos que fazer, tanto do ponto de vista defensivo como do ponto de vista ofensivo, estamos muito ligados porque também acreditamos que uma das grandes diferenças que pode haver no jogo é a intensidade, é a velocidade de circulação da bola, é a capacidade de reação, aquilo que nós chamamos de estarmos vivos. Por alguma razão, os jogadores do Moreirense são jogadores de 1ª Liga e portanto também temos consciência disso.

Acredita que os jogadores vão conseguir abstrair-se do jogo que vem a seguir?


Têm que conseguir, têm que conseguir porque isso é tudo aquilo que eu acredito, é tudo aquilo que eles ouvem desde o primeiro dia. Não nos serve de nada encostar-nos aos 15 pontos que temos e ficar a pensar o que é que vai acontecer em Maio, não é? Com muita aquela coisa, ah, Europa, não. O que interessa é o presente, é nós percebermos que para sermos a equipa queremos ser, uma equipa que está habituada a ganhar, uma equipa que interpreta cada jogo de modo a poder impor a sua identidade, não pode ser uma equipa que pense dois dias à frente, muito menos duas semanas à frente. Tem que ser uma equipa que vai para o dia a interpretar o treino no sentido do seu próprio crescimento porque nós sabemos e estamos conscientes de termos feito muita coisa bem feita, mas também somos os primeiros a olhar para dentro e a perceber que temos uma margem de crescimento muito grande. E essa margem de crescimento não acontece pensando demasiado no futuro, pensando demasiado em coisas que não controlamos. Portanto, como sempre, é olhar para nós, respeitando o Fafe como eu penso que respeitámos todos os adversários até ao dia de hoje e olhando muito para nós e para a equipa que queremos ser e para aquilo que ainda queremos melhorar no que falta desta época.

Sonha essa na final da Taça?

Como é óbvio, é um bocadinho esse raciocínio, não é? Matematicamente ainda é possível ser os campeões na 1ª Liga, agora tem muito a ver com aquilo que eu acabei de responder, não pensamos demasiado no futuro. Isso está muito longe daquilo que nós controlamos e, portanto, aquilo que queremos é passar esta eliminatória porque até isso acontecer ainda muita água passa debaixo da ponte, como se costuma dizer.

Por Bruno Freitas
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