Vasco Botelho da Costa: «Quando se perde por 3-0 não há mais nada a fazer a não ser dar os parabéns ao Sporting»

As declarações do treinador do Moreirense após desaire em Alvalade

Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, em Alvalade
Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, em Alvalade • Foto: Paulo Calado/PC

Apesar do resultado algo pesado em Alvalade (0-3), Vasco Botelho da Costa não deixou de dar os parabéns à sua equipa pela exibição frente ao campeão Sporting, a quem atribuiu justiça no resultado.

"É o resultado que temos e quando se perde 3-0 não há mais nada a fazer a não ser dar os parabéns à equipa do Sporting porque foi melhor que o Moreirense e não há grande história em relação à questão do resultado. Em questão à questão do jogo parece-me que a história já é um bocadinho diferente. Tentámos ao máximo pressionar o Sporting. Na primeira parte, com a variabilidade que estava a ter na construção, devido ao posicionamento do Kochorashvili, muitas vezes montava a três, outras criava um quadrado, criou-nos muita dúvida e é muito difícil comunicar num Estádio com estas dimensões e com este ambiente, portanto precisávamos claramente do intervalo para ajustar. Curiosamente, acho que na segunda parte conseguimos controlar muito melhor o Sporting. A grande diferença foi que depois cometemos ali alguns erros em lances que devíamos ter controlado de maneira diferente e depois a equipa sentiu o golo. Do ponto de vista ofensivo, acho que foi um jogo repartido da nossa parte porque tivemos momentos em que conseguimos sair e outros em que estávamos cansados e tivemos que bater bolas. E isto é sempre o treinador que quer jogar mas às vezes também é importante respirar. Vai ser difícil jogar em casa de um grande, neste caso estamos a falar do campeão. Cada vez que vai ao banco troca e as coisas andam para a frente muitas vezes, é verdadeiramente para acrescentar. É dar os parabéns ao Sporting, ganhou justamente e nós vamos tentar descansar o máximo possível porque temos já jogo no sábado e uma viagem longa pela frente. Temos de preparar o jogo com o Casa Pia", começou por dizer o técnico dos cónegos, em declarações na flash-interview da Sport TV.

O jogo interior do Sporting

"Sem dúvida que um dos pontos fortes do Sporting são os posicionamentos interiores do Trincão e do Pote entrelinhas, depois o Suárez também vem acrescentar isso e há muita qualidade ali a jogar. Mas o nosso problema não era propriamente esse. Estávamos em dúvida em termos de posicionamento: se o Cédric montava mais em linha de cinco, se estava mais em 4-4-2 porque o nosso posicionamento ia depender do que os médios do Sporting fizessem e acabámos por ter muitas dúvidas. Quando uma equipa com a qualidade do Sporting adota um posicionamento na jogada seguinte já adota outra, nós temos de ter capacidade de interpretação e nós, enquanto treinadores, não conseguimos padronizar tudo. Mostrámos em vídeo aos jogadores ao intervalo e os jogadores acabaram por entender e a verdade é que conseguimos controlar muito melhor a saída de bola do Sporting na segunda parte do que na primeira."

Exibição com muita personalidade

"Sabemos o que queremos. Preparamos todos os jogos da mesma maneira. Óbvio que mexe sempre vir jogar a um grande, há mais público, mais olhos postos em nós, e isso mexe com cada um à sua maneira. Mas aquilo que é a preparação do jogo não pode mudar em nada. Temos de analisar o adversário, perceber as dinâmicas ofensivas de cada um, entender que muitas vezes a individualidade nestes jogos faz a diferença e nós temos 'n' de situações que o Sporting acaba por criar oportunidades de golo que são incontroláveis porque vêm da qualidade individual dos seus jogadores. Agora, lá está, estamos a jogar contra uma equipa que joga bem e que está muito bem."

A opção por André Ferreira na baliza

"São decisões estratégicas. Apesar de não ser assim tão usual, a verdade é que às vezes temos de tomar decisões em termos estratégicos: se queremos um extremo com pé contrário, se queremos um extremo mais por dentro ou um extremo mais por fora... Sentimos que o André [Ferreira] tinha determinadas características para este jogo que nos podia favorecer, sorte a nossa que temos três guarda-redes de enorme qualidade e que nos permite tomar este tipo de decisões", terminou.

Por Sérgio Magalhães
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