Vasco Botelho da Costa projetou, ao final da manhã deste sábado, o encontro com o Sp. Braga. O jogo da 11ª jornada da Liga terá lugar este sábado, pelas 20h30.

Até que ponto o Moreirense pode tirar vantagem do Sp. Braga ter jogado a meio da semana?

Do ponto de vista da preparação do jogo, influencia seguramente ainda que já estejam tão habituados a estas andanças. Soluções não faltam no plantel, quando se é um clube grande, e o Sp. Braga, sem dúvida, já é um dos grandes da Liga, isto já é uma não questão. Olhamos para este jogo com ambição, historicamente é um confronto difícil para o Moreirense. Já que estamos a fazer tantas coisas históricas, porque não mais uma. Queremos mostrar que estamos a crescer. Queremos mostrar que estamos a crescer contra estas equipas que nos colocam muitos desafios. É a equipa mais forte do campeonato em posse, é uma equipa muito paciente, está cada vez mais agressiva no ataque à profundidade. Vai obrigar-nos a ser muito melhores do que temos sido, temos mesmo de ser muito bons a defender este Sp. Braga se quisermos ter sucesso. É um desafio, estamos preparados para ter sucesso.

Em que momentos do jogo o Moreirense tem de ser mais forte?

Temos de ser fortes em todos os momentos do jogo. Vamos enfrentar uma defesa que marca homem a homem no campo inteiro, vamos ter pouco tempo para executar por isso a técnica tem de acompanhar a capacidade de decisão. Do ponto de vista defensivo, temos de perceber os momentos em que podemos pressionar, os momentos certos. Haverá momentos em que temos de estar mais compactos, se possível não baixar muito. Na semana passada, o FC Porto, uma das equipas mais fortes em pressão, teve de baixar, seguramente porque foi obrigado. Temos de preparar todos os cenários. Nem sempre vamos ser nós a ditar o que vai acontecer. Não podemos atirar a toalha ao chão, há momentos em que vamos ter de estar compactos, mais baixos, apesar de não ser o que mais gostamos. Temos de saber jogar os momentos de transição. Temos um bom desafio, temos de tomar boas decisões nos momentos em que ganhamos a bola. Temos de de ser muito bons, perfeitos queremos sempre ser. Temos de ser muito competentes.

A exposição defensiva que o Sp. Braga tem mostrado pode ser a chave para o jogo?

Tem sido, mas coloco-me na pele do treinador adversário. A partir do momento em que todos a gente identifica o que se passa, o treinador trabalha bastante sobre elas. Têm todas as condições para ser fortes nesse momento. Queremos ser melhores que o Sp. Braga em todos os momentos do jogo, não podemos olhar para um momento só. Temos de pesar todos os momentos e tentar ser mais competentes em todos os momentos.

Que peso teve a vitória fora de portas em Arouca?

Não fujo a isso. Tendo em conta o patamar em que todos estamos, por muito seguro que estejamos há sempre ruído. Nos dias de hoje, aquilo que acontece fora chega sempre aqui. Trabalhamos ao máximo para que os resultados não pesem, mas quando estamos três jogos sem ganhar isso tem algum impacto e acaba por ser uma sensação de alívio quando conseguimos vencer. Foi uma semana um pouco mais alegre do que as anteriores. O que temos de perceber é a evolução da equipa e dos jogadores. Esses indicadores permitem perceber se estamos ou não no bom caminho. Se essa evolução acabar por acontecer os resultados positivos serão uma consequência. Do ponto de vista mental é sempre melhor ganhar, porque todos gostamos muito de ganhar. O clube quer evoluir, o projeto quer evoluir, há uma dinâmica de evolução, todos os os dias queremos ser melhores, temos a ambição de ombrear com as melhores equipas do campeonato.

Que peso pode ter a ausência do Marcelo?

Vamos entrar com onze, com o banco completo, confiamos em todos. Vai jogar o Gil, que tem dado uma resposta fantástica. Fez um jogo muito competente em Alvalade. O Marcelo é uma referência, um exemplo, mas o importante é a dinâmica da equipa, o que vamos fazer ofensivamente e defensivamente. O Gil até nos pode dar coisas diferentes, temos a máxima confiança nele.

Como tem olhado para a performance do Schettine?

As conversas são constantes com os jogadores, a minha missão é retirar o melhor de cada um. Estamos a tirar coisas muito boas do Schettine, com todo o mérito que ele tem. Temos um objetivo muito claro, tentamos aproximar as nossas ideias das características dos nossos atletas. Acreditamos no que podemos fazer para potenciar as características dele e de todos eles. Não há um treinador perfeito que consiga encaixar as características de todos na nossa forma de jogar, mas é isso que procuramos. Tem de continuar a dar ao chinelo porque tem dois meninos com muita fome que querem o lugar dele.