O Nacional continua a marcar passo perante os seus adeptos. Na Choupana, os alvinegros só somam derrotas e frente ao Arouca foi a terceira da temporada. Até ao momento, os madeirenses conseguiram um triunfo (Casa Pia) e um empate (Rio Ave), sempre fora de portas. José Gomes mostrou-se confiante, esta segunda-feira, de que o rumo das vitórias no Estádio da Madeira irá, em breve, surgir. O pupilo de Tiago Margarido está feliz por se encontrar a jogar e diz mesmo que está no melhor momento da carreira.

“O futebol tem tanto de bom como de mau e às vezes é injusto. Este jogo prova isso, pois fomos de longe a melhor equipa durante os 90 minutos, mas perdemos. Queremos ganhar, queremos ganhar em casa pois estamos a dever isso aos nossos adeptos, mas acho que temos de estar muito confiantes pelo que fizemos e também pelo que podemos vir a fazer daqui para a frente”, começou por dizer, na sala de imprensa, o lateral esquerdo, que não encontra explicação para o facto de a equipa ainda não ter conseguido vencer no seu relvado: “Não sei o que nos tem faltado, provavelmente fazer golos, pois tivemos tantas oportunidades neste jogo. Atrevo-me a dizer que foi o nosso melhor jogo desta época. Temos algumas coisas a melhorar, pois cometemos alguns erros que levaram aos golos do Arouca, mas acho que podemos estar confiantes daqui para a frente”.

O defesa esquerdo não concorda que a equipa se sinta mais pressionada quando joga perante os seus adeptos. “Não nos sentimos mais pressionados, pois o que queremos é jogar em casa, perante os nossos adeptos. A maior parte de nós tem aqui a família e queremos estar com elas aqui no estádio, festejando vitórias. Em casa queremos assumir sempre o jogo e foi isso que fizemos, assumindo riscos e em dois erros eles fizeram dois golos”, disse.

Para o lateral, o último desaire não vai deixar marcas na equipa: “Esta derrota não nos vai afetar psicologicamente e só temos de estar confiantes, pois fizemos um jogo fantástico. Na primeira parte, sinceramente, não me lembro de um remate do Arouca à nossa baliza. Foi um jogo onde tivemos o controlo durante os 90 minutos, só temos de estar confiantes para o resto do caminho”.

Questionado se tem havido alguma falta de concentração nos momentos finais dos jogos, o esquerdino, de 29 anos, considera que por vezes a equipa arrisca demais: “Não tem havido desconcentração nas partes finais dos jogos, mas sim a nossa ambição, pois queremos sempre fazer mais. Às vezes, não podemos arriscar tanto e teremos de ser experientes em alguns momentos”.

O Sp.Braga é um grande

Na próxima jornada, no domingo, a tarefa dos nacionalistas não será fácil por certo, pois deslocam-se até ao reduto do Sp. Braga, num reduto onde os alvinegros apenas somam uma vitória, para além de dois empates e 21 derrotas. O único triunfo foi alcançado na temporada de 2012/2013, quando a 11 de maio de 2013 Keita, Aderlan (pb) e Mateus fizeram os golos da vitória madeirense, por 3-1, com Hugo Viana a marcar o golo bracarense. “Vamos a casa de um grande. Vamos como sempre dar o melhor pelo Nacional e queremos vencer”, afirmou, acrescentando que não concorda que exista mais pressão sobre os bracarenses e que tal possa vir a ser uma vantagem: “A pressão é igual e só temos de fazer o nosso jogo como temos feito, pois já no Dragão fizemos um jogo fantástico”.

Valorizado

José Gomes tem sido titular absoluto, pois Tiago Margarido apostou sempre no esquerdino nos 6 onzes que lançou. O defesa já totaliza 523 minutos, sendo um dos futebolistas mais utilizados pelo treinador nacionalista. “Sinceramente, sou um bocado diferente pois não me importo se jogo ou não, sou sempre a mesma pessoa, vindo todos os dias alegre para treinar. Depois de tudo o que passei, só quero estar feliz a treinar e a jogar futebol, jogando ou não, isso só o treinador sabe quem deve entrar”, disse quando questionado se contava ser titular. O camisola número 5 diz que está feliz. “Sinto-me a ser muito valorizado e isso deixa-me contente”.

“Esta é a minha melhor temporada. Nos últimos anos, com o Tiago Margarido, tenho evoluído muito e acho que estou num momento da minha carreira onde mostro o meu valor. Estou muito contente com isso”. Quanto questionado sobre o que mudou para estar a ter rendimento que está a ter respondeu: “O que mudou foi a confiança, não ter medo de assumir. A confiança que o treinador me passou foi o click que precisava”.