O Nacional está a atravessar um momento complicado em termos classificativos, uma vez que caiu para o 14º lugar da Liga Portugal. Os alvinegros não vencem há seis jogos e somam quatro derrotas e dois empates, naquela que é a pior série dos insulares esta temporada. 

Este sábado, a equipa madeirense vai receber o Tondela, 16.º classificado, com nove pontos, e que na última jornada foi derrotado em casa pelo líder FC Porto. O médio Igor Liziero admite que o plantel está consciente do momento menos bom que atravessa e da necessidade de somar os três pontos frente aos beirões.

“Sabemos a situação em que nos encontramos. O futebol está a ser um pouco injusto, as derrotas que tivemos no final dos jogos, magoaram-nos muito. É o momento de mostrar a força do grupo, que está unido e que isto é apenas uma fase e tenho a certeza que vamos inverter esta fase menos boa ", começou por afirmar o brasileiro de 27 anos, que chegou à Choupana esta temporada, oriundo do São Paulo, na sala de imprensa do Estádio da Choupana. 

O médio diz que não tem explicação para a quebra de resultados e para os golos sofridos nos últimos minutos das partidas. “Se tivéssemos a resposta para não sofrer esses golos nos últimos minutos, então, não estaríamos a sofrer esses golos. O futebol às vezes não tem uma receita mágica, talvez por uma desatenção no final do jogo sofremos golos e sabemos que temos de melhorar nesse aspeto, mas é uma boa oportunidade para mostrar que temos um grupo forte, resiliente e que sabe lidar com as situações”.

«É uma final para os dois clubes»

No sábado, os alvinegros terão pela frente um adversário que tem menos três pontos no campeonato. Um triunfo permitirá obter uma boa vantagem sobre o rival na luta pela manutenção. “Vai ser um jogo importante, tanto para nós, como para eles, sendo um jogo que vale muito. Penso que é uma boa oportunidade para regressar às vitórias, em casa, pois sabemos que também estamos em dívida para com os nossos adeptos nesse aspeto. Vai ser um jogo muito disputado. Vai ser um jogo difícil, muito competitivo, bem disputado. É uma final para os dois clubes face à situação em que estamos no campeonato”, afirmou.

Com 14 jogos disputados, sempre como titular e com 1172 minutos de utilização, Liziero está feliz com a mudança para o futebol português. “Não penso muito nas coisas, prefiro fazer o meu trabalho e esse trabalho dar a resposta. Fico feliz pelo que está a acontecer, em termos individuais, pois coletivamente sei que o grupo tem de continuar a crescer. Agora quero manter o que tenho feito e em termos coletivos, é melhorar algumas coisas, detalhes. Tenho a certeza que o Nacional vai acabar por fazer um bom campeonato”, revelou.

Quanto às diferenças sentidas em termos futebolísticos entre a Liga portuguesa e o futebol praticado no seu país, o médio foi claro: “No início senti algumas diferenças entre o futebol brasileiro e o português, pois era um jogo um pouco mais com transições, enquanto no Brasil, é um jogo mais associado à bola. Aqui é mais intenso e com muito mais transições do que no meu país”.

Com contrato até 2028 com o emblema nacionalista, o futebolista diz que está “muito feliz na Madeira e no Nacional. Tenho mais dois anos de contrato e quero continuar a trabalhar aqui “, concluiu.