Alexandrina Cruz e a venda de Guga: «Neste momento não temos nenhuma proposta concreta»

Presidente do Rio Ave tomou posse esta tarde e registou que a inscrição da equipa na UEFA é um "pressuposto interno"

Alexandrina Cruz tomou posse esta tarde como presidente do Rio Ave, divulgando no final que a inscrição da equipa nas provas da UEFA é um "pressuposto interno, independentemente da classificação e da questão financeira do clube", assumindo que essa será um condição para manter na nova época.

A nova líder do clube de Vila do Conde admitiu também não ter em mãos qualquer proposta concreta para as propaladas saídas de Guga e até Costinha, ambos que têm sido apontados nos últimos tempos ao FC Porto.

"Relativamente às possíveis vendas nós neste momento não temos nenhuma proposta concreta. Resta-nos aguardar, pois sabemos que é importante para os jogadores e também para o Rio Ave. O clube não está obviamente dependente disso, o que é importante é os jogadores estarem bem, a equipa estar estabilizada, uma vez que não conseguimos inscrever jogadores. Claro que a questão financeira é importante, mas também temos outras soluções estamos a procurar, a cimentar algumas ideias já há algum tempo", disse Alexandrina Cruz, focando de pronto os objetivos mais próximos que quer atingir.

"Nós temos muito rapidamente de promover uma Assembleia Geral Ordinária para o plano de atividades e orçamento. Já o devíamos ter feito em junho, pois os estatutos assim o exigem, mas por causa deste período eleitoral isso não foi possível. Por isso, no final deste mês ou início de agosto, no máximo, essa reunião terá de acontecer. Depois temos a outra questão que tem a ver com a alteração estatutária e em que esta abertura a uma Sociedade Anónima Desportiva estará em cima da mesa e isso terá de acontecer num futuro próximo", reconheceu, mas sem colocar o rótulo de urgente nesta questão:

"A prioridade é a estabilidade e para termos isso no plano desportivo também temos de ter estabilidade financeira. As receitas do clube resumem-se a muito pouco, com o merchandising e a quotização, por exemplo, por isso estamos a falar ou de direitos televisivos de venda de ativos. Ao nível dos direitos televisivos temos um valor considerável e razoável face ao panorama nacional e no que diz respeito à venda de ativos até janeiro é muito complicado porque como não conseguimos inscrever jogadores temos de arranjar uma forma de criar aqui uma balança interessante entre as necessidades financeiras e desportivas."

Alexandrina Cruz, de resto, assume também "a questão da venda de ativos é fundamental para o equilíbrio". "Como vamos ter dificuldade em vender, até porque olhando ao plantel não temos um leque muito alargado para essa possibilidade, temos de estar preparados para esta questão da SAD. Mas isto não tem de ser algo muito stressante para a direção nem para os sócios, que são eles que vão decidir. Vou ter a oportunidade em Assembleia para esclarecer toda a situação do Rio Ave, as nossas contas são públicas há muitos anos para cumprir os regulamentos da UEFA e estão disponíveis no site do clube. Por isso, não há nada a esconder, mas é preciso explicar, até porque estas questões no negócio do futebol têm sempre muita emoção e, quer queiramos quer não, todos gostamos é que a bola entre, mas só isso não é suficiente para a gestão de um clube tem de haver aqui um conjunto de situações que nos levem a atingir essa estabilidade", explicou ainda a nova líder da SDUC vila-condense.

Por António Mendes
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