Clube da foz do Ave subiu em seis épocas apenas dos Regionais à 1.ª Divisão...
José Régio, Antero de Quental e Ruy Belo são escritores que nasceram em Vila do Conde ou elegeram a cidade onde o Ave encontra o mar para residir. Contudo, pertence a Fernando Pessoa a frase que serviu como inspiração à ascensão meteórica do Rio Ave, concretizada com a promoção, em 6 anos, dos Regionais à 1.ª Divisão, acrescida, em 1984, com a presença na final da Taça de Portugal e a passagem do caldeirão pelado da Avenida para o relvado dos Arcos. Foram precisos 30 anos para que o emblema vila-condense regressasse a uma final, desta feita em dose tripla. Em Leiria, cidade onde conquistou, em 1977, o seu primeiro título nacional, desaguará a primeira etapa do ano de diamante. Seguir-se-ão o retorno ao Jamor, o debute nas competições europeias, e a Supertaça.
Berço rioavista. Vilacondense Futebol Clube, Vila do Conde Sport Clube ou Rio Ave Futebol Clube? Foi esta a questão que serviu como mote ao septeto de empolgados cidadãos vila-condenses que fundaram, a 10 de maio de 1939, a agremiação desportiva. João Resende dos Santos, o primeiro presidente, e os seus amigos foram os responsáveis pela angariação de fundos que dotaram o Rio Ave dos equipamentos básicos para encetar a atividade. Entre estes, sobressaía a camisola verde-branca às riscas verticais e os calções brancos. Estava também dado o pontapé de saída para a construção do campo de jogos pelado que se situava na Avenida que liga Vila do Conde às Caxinas. É esta a origem do Campo da Avenida, casa do clube até 1984.
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A longa marcha
Campeão de promoção (1941/42) e da 3.ª Divisão (1942/43) da AF Porto, o Rio Ave estreou-se, em 1943/44, no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Foi uma passagem sem chama, marcada pelo parco pecúlio de 3 pontos em 14 jogos. Seguiram-se três décadas de sobe-e-desce, entre presenças assíduas no Regional portuense e passagens esporádicas pela 3.ª Divisão. Mário de Almeida, antigo edil local e há mais de 30 anos presidente da assembleia geral do Rio Ave, é uma figura decisiva para a afirmação do clube e desfiou as suas memórias entusiastas a Record: “Sou, acima de tudo, um sócio apaixonado e um adepto fervoroso. Comecei a ver os jogos do Rio Ave pela mão do meu pai, antigo dirigente, com 4-5 anos. As primeiras memórias conduzem-me a Lizarda, um extremo-direito goleador, a Neca Freitas, um interior que passou pelo FC Porto, e a Rodrigo Quinota, um médio, oriundo do Boavista, que representou o Rio Ave durante 19 épocas.” As figuras mais mediáticas chegariam na transição entre a década de 60 e a de 70. A contratação para treinador-jogador do magriço Morais foi um momento de apoteose: cerca de 10 mil pessoas acorreram ao Avenida empolgadas com a presença do autor do canto direto que valeu a conquista da Taça das Taças ao Sporting. Em 1972/73, exercício em que se consumou a ascensão definitiva aos nacionais, destacou-se um jovem central goleador oriundo do Varzim. Era Lima Pereira, futuro campeão europeu e mundial pelo FC Porto, moeda de troca na transferência do juvenil André para o rival.
Leiria: a cidade do primeiro título nacional
Duarte Sá ingressou, em 1973/74, no Rio Ave, representando o clube durante 13 temporadas. O eterno capitão está umbilicalmente ligado a todo o percurso de afirmação nas divisões nacionais, que começou a desenhar-se, em 1977, com a conquista do título da 3.ª Divisão. Em Leiria, cidade que receberá a final da Taça da Liga, a formação vila-condense, então orientada por Artur Quaresma, tio-avô do extremo do FC Porto, impôs-se ao Cova da Piedade (3-2) com golos de Lima, Capellini e Leonardo. “Percebemos que estava dado um passo importante rumo à 1.ª Divisão, que era a grande ambição do presidente Manuel Barroso”, revela Duarte, reforçando uma ideia de Mário de Almeida: “Com o 25 de Abril de 1974, acreditamos que poderíamos chegar à divisão maior.”
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