Luís Freire e os erros dos árbitros: «Têm de ser julgados pela competência, como todos no futebol»

Técnico do Rio Ave foca importância de haver "treino, treino e treino para aperfeiçoar processos"

• Foto: José Gageiro/Movephoto

O encontro da 12.ª jornada entre Rio Ave e Estrela da Amadora, que terminou com empate a uma bola, ficou marcado por queixas vila-condenses em relação à equipa de arbitragem, concretamente devido ao facto de não ter sido assinalado penálti favorável aos rioavistas aos 40', por mão de Erivaldo na área.

Ora, se o árbitro desse jogo, Nuno Almeida, foi nomeado pelo Conselho de Arbitragem para a função de VAR no duelo entre Länk Vilaverdense e Marítimo, da Liga Sabseg, este fim-de-semana, o vídeo-árbitro Rui Oliveira, um dos elementos que trabalham exclusivamente com essa ferramenta de apoio, ficou mesmo fora das nomeações desta semana, não tendo sido chamado a qualquer encontro da Liga Betclic e Liga Sabseg.

Na conferência de imprensa de lançamento da 13.ª jornada, em que o Rio Ave vai visitar o Arouca, o treinador Luís Freire considerou que "tal como toda a gente no futebol, o árbitros também devem ser julgados pela competência". "Quero para eles o que quero para mim, eu quero acertar e quero que eles acertem", disse.

"Costumo estar sempre muito controlado com essas coisas... Já passei muito na carreira, venho da 3.ª Distrital e até à 1.ª Liga já passei por muitos jogos, quase 400 jogos. Só peço que dêem o seu melhor e que acertem, para nós deste lado é importante que acertem. Acredito piamente que as pessoas dão o seu melhor e que fazem com afinco, e até conheço alguns árbitros, e sinto que eles também ficam chateados, feridos, também vão para casa tristes, não o fazem com intenção", afirmou Luís Freire.

"Na vida treinador, provas a competência e continuas, se não provas tens de ter consequências. No futebol és avaliado de semana a semana. É para treinadores, jogadores, dirigentes, para os árbitros também, espero que acertem e ficava contente se eles acertassem e no fim não ter motivos de queixa e no aí dou os parabéns. Quero para eles o que quero para mim, eu quero acertar e quero que eles acertem. Se isso acontecer, estamos sempre tranquilos. Se errarem, que não seja evidente que é gravíssimo", acrescentou.

"No dia do jogo normalmente comento arbitragem, não consigo não comentar. Não quero ofender ninguém com isso, mas acredito que dão o seu melhor e as coisas se calhar não estão no momento de correr bem, também é preciso treino, treino e treino para não voltar a errar. Ter essa mentalidade de aperfeiçoar processos. E depois têm de ser julgados pela competência como todos no futebol. Têm direito a errar, não há ninguém que não erre na vida, mas não podem ser erros graves muitas vezes, se não prejudicam mesmo o fenómeno futebol", concluiu o treinador do Rio Ave.

Por André Gonçalves
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