n Há uma mancha vermelha na carreira promissora de NunoEspírito Santo. Como treinador, soma quatro derrotas contra este Benfica com o qual vai ter de medir forças em duas finais consecutivas. A diferença de 14-3 em golos comprova que algo tem falhado no esforço do timoneiro vila-condense em bater o pé ao conjunto de Jorge Jesus mas, olhando melhor, a tendência teve início quando Nuno ainda se mantinha ativo como guarda-redes.

Após dois sucessos ao serviço de V. Guimarães e FC Porto, intervalados pela passagem pelo futebol espanhol, Nuno Espírito Santo foi o eleito de José Mourinho para defrontar o Benfica na decisão da Taça de Portugal, poucos dias antes da final da Champions, em Gelsenkirchen. A derrota dos dragões aconteceu no prolongamento e, desde aí, Nuno não voltou a sorrir frente aos encarnados. De resto, a reta final do seu percurso no FCPorto ficou ainda marcada pela final da Taça da Liga disputada no Estádio Algarve, na qual teve uma abordagem infeliz no primeiro tento das águias.

Fatores históricos que, quando muito, poderão espicaçar ainda mais a vontade do treinador em levar mais longe a inscrição do seu nome na história do RioAve. De volta a uma final da Taça da Liga, agora em Leiria, Nuno, de 40 anos, pode começar a colocar em prática a experiência adquirida nas partidas deste tipo que viveu no papel de guardião, ele que brilhou na final da Taça Intercontinental onde o FC Porto superou os colombianos do Once Caldas no desempate por penáltis.

Após uma década de alergia ao encarnado, Nuno coloca a mira nas águias para concretizar o sonho de erguer pelo menos um troféu.