O médio Mateo Tanlongo, agentino 20 anos que chegou a Vila do Conde em janeiro por empréstimo do Sporting, saltou do banco de suplentes no Estádio do Bessa, a 30 de março, para colmatar a lesão do francês Amine e desde então nunca mais saiu do onze.

Três jogos consecutivos a titular que Vítor Vinha, treinador que conhece bem o estilo de jogo do Rio Ave após duas épocas como adjunto de Luís Freire, classifica de "aposta natural em função das suas qualidade técnicas".

"Os reforços precisam de tempo para se adaptarem ao estilo específico de Luís Freire, mas o Tanlongo mais cedo ou mais tarde teria a sua oportunidade. Ela surgiu com a lesão do Amine, correspondeu, os resultados continuam a ser positivos e agora apresenta-se como uma boa solução, apesar de ainda ser jovem e ter muito para crescer", referiu, a Record, o ex-adjunto vila-condense, para logo de seguida apresentar as virtudes e as lacunas do argentino: "O Tanlongo oferece uma mais-valia na construção pela sua qualidade de passe. É um elemento de ligação importante no modelo do Rio Ave, mas também revela alguma falta de agressividade nos duelos e precisa de ter um raio de acção mais alargado".

Pormenores suficientes para Vítor Vinha entender que "será difícil ao Tanlongo regressar a Alvalade na próxima época". "Atendendo às soluções atuais do Sporting e às rotinas da equipa é complicado encontrar espaço para o Tanlongo. Ele tem esse potencial, mas ainda precisa de mostrar serviço, como velocidade de deslocamento e encher o miolo, porque ele ainda não é esse médio", justificou o treinador.