Trinta e quatro meses depois do último jogo, poveiros e vila-condenses revivem domingo uma velha rivalidade; os dois clubes representam duas cidades que vivem ombro-a-ombro, e nunca se defrontaram em jogos da Liga
A JORNADA de hoje da II Liga, a 13ª, está abrilhantada com um dos mais emocionantes confrontos da época, o Rio Ave-Varzim. O confronto tem uma história enorme e, embora se dispute entre os dois principais representantes de duas cidades, trata-se verdadeiramente de um "derby", já que a Póvoa de Varzim e Vila do Conde são coladas e, para o viajante distraído, se confundem uma com a outra.
Confusões destas, porém, não as fazem as gentes destas terras, que embora vivam numa autêntica irmandade em termos profissionais (o porto de pesca tem o seu cais assentado nas duas terras), primam por enorme rivalidade no que respeita ao futebol.
Nos dias de hoje, os excessos de bairrismo e de clubismo são mais moderados do que antigamente, quando se registavam cenas por vezes caricatas, na maior parte dos casos ferindo as boas regras da decência. Os confrontos entre Rio Ave e Varzim vêm de há meio século atrás, dos tempos em que as duas equipas, entre as épocas de 52/53 e 60/61, disputavam os campeonatos distritais da I e da II Divisão da Associação de Futebol do Porto.
Nesse período, registaram-se quatro vitórias poveiras, duas vila-condenses e quatro empates. Só na temporada de 79/80, com a estreia do Rio Ave na I Divisão nacional (o Varzim estreara-se nesse escalão em 63/64), é que as duas equipas se defrontaram em provas da Federação Portuguesa de Futebol.
Daí até à actualidade, foram mais 22 jogos distribuídos pela I Divisão, pela II Divisão nacional, sendo o jogo de domingo o primeiro em provas da Liga, neste caso a II Liga.
Nesses 22 jogos disputados nas I e II Divisões, o Varzim somou 10 vitórias, o Rio Ave 6, e registaram-se 6 empates. A última vez que as equipas se defrontaram oficialmente foi na temporada de 97/98, na I Divisão nacional, com a vitória do Rio Ave na Póvoa, por 3-1, na primeira volta, e depois com um empate (0-0) em Vila do Conde. Como o último jogo fora em 8 de Março de 1998, só volvidos 34 meses é que o Rio Ave e o Varzim voltam a defrontar-se, domingo, às 15.30, no Estádio do Rio Ave FC.
De entre os jogadores que constituem o plantel vila-condense, conta-se um poveiro de nascimento, embora tivesse feito parte das equipas jovens do Rio Ave. O cidadão José Miguel Organista Simões Aguiar nasceu na Póvoa de Varzim em 4 de Fevereiro de 1981. O Miguelito, como é conhecido nos meios futebolísticos, é um dos jogadores mais promissores do Rio Ave. O facto de defrontar o clube da sua terra não o intimida, antes lhe dá, diz, "um certo orgulho".
Miguelito, que diz que agora o jogo vem em boa altura para o Rio Ave, uma vez que a equipa ultrapassou o mau início e está apenas a dois pontos dos lugares de subida, espera que seja um bom espectáculo: "Gostava que tudo corresse na boa ordem desportiva, apesar da rivalidade existente."
O jogo, entretanto, já foi precedido de um episódio raro, a queda de parte da cobertura da bancada central do estádio de Vila do Conde. O adiamento chegou a ser equacionado, mas entretanto as obras feitas nos últimos dias garantiram a segurança. A cobertura da bancada foi reforçada nas placas de zinco, mas as cadeiras do lado sul não serão ocupadas, por precaução e para que os espectadores não fiquem molhados caso chova.
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