Em causa término do protocolo estabelecido com a equipa açoriana, para a gestão do relvado do Complexo do Lajedo
A SAD do Santa Clara reagiu às decisões tomadas, por maioria, no parlamento regional, que recomendam ao Governo Regional dos Açores o término do protocolo estabelecido com a equipa açoriana, para a gestão do relvado do Complexo do Lajedo, um dos três campos públicos que o Santa Clara utiliza.
Num extenso comunicado, a SAD insular critica "políticos permeáveis", incluindo um ex-presidente do Governo Regional, e diz que houve desconhecimento por parte de quem apresentou as duas propostas, nomeadamente o PS/Açores e o Chega/Açores.
"Aceitamos, claro, que dois deputados tenham sido mais incisivos na crítica. O que é inaceitável, diga-se, é que estes mesmos cidadãos, que têm responsabilidades políticas, nunca tenham procurado o Santa Clara para conhecer a verdade dos factos".
Considerando que a celeuma foi levantada por questões bairristas, nomeadamente o União Micaelense, rival regional do Santa Clara e que tem utilizado o recinto para a realização do seu torneio infantil, a SAD assinala que o protocolo permite uma poupança de 1,25 milhões na manutenção do relvado, ao longo dos cinco anos de duração.
O comunicado na íntegra:
"O PROTOCOLO DO CAMPO DO LAJEDO
A Santa Clara, Açores – Futebol, SAD acolheu com surpresa o cenário verificado no plenário da Assembleia Regional dos Açores, no que disse respeito à discussão em torno do protocolo para a gestão do campo de futebol do complexo desportivo do Lajedo. E aqui registamos a primeira nota de má-fé de certos senhores pois o complexo do Lajedo não foi objeto de qualquer espécie de protocolo, mas apenas e tão só o seu campo de futebol. (Como é visível na foto, os alunos da Escola Secundária Domingos Rebelo, continuam a usufruir do dito complexo, no normal funcionamento das aulas).
A Santa Clara Açores é, desde a sua génese, um clube do povo. De Santa Maria ao Corvo, de Boston à Califórnia, de Toronto ou Montreal a Vancouver, na Bermuda, é o Santa Clara Açores a mais mediática entidade açoriana e a única que nos junta como povo. Como segunda nota, deixamos aqui registado o inaceitável desrespeito e até desprezo de certos senhores deputados para com a mais mediática das coletividades açorianas.
A Santa Clara Açores respeita a liberdade em todas as suas vertentes, incluindo a da expressão. E aceitamos, claro, que dois deputados tenham sido mais incisivos na crítica. O que é inaceitável, diga-se, é que estes mesmos cidadãos, que têm responsabilidades políticas, nunca tenham procurado o Santa Clara para conhecer a verdade dos factos. Mais grave é assistirmos à hipocrisia e à tentativa de um reescrever da história por parte de um antigo Presidente do Governo Regional dos Açores. Ficaram-se, assim, por duas propostas de resolução alimentadas pelo discurso odioso e elitista de dois frustrados dirigentes que, ao longo dos anos, assistem revoltados ao sucesso do nosso clube e às cerimónias fúnebres do seu.
Vamos, então, à autenticidade, por mais que esta possa doer a alguns políticos desinformados ou alimentados por uma propositada e encomendada ignorância.
– o deputado Vasco Cordeiro, que nos últimos anos, nunca se manifestou sobre qualquer tema, incluindo alguns de extrema relevância e gravidade investigados pela Justiça, insurgiu-se agora de forma inusitada contra o referido protocolo, atacando de forma totalmente descabida a Santa Clara Açores;
– o mesmo Vasco Cordeiro esquece-se de um passado recente em que, numa altura em que era presidente do Governo Regional dos Açores, assinou protocolos destinando milhões de euros à SAD administrada por um então dirigente que goza do mesmo sobrenome, o qual, diga-se, esteve envolvido em inúmeros processos legais e foi já condenado pela Justiça;
– a SAD do Santa Clara sempre mostrou abertura – e isso é público inclusive por tomadas de posição oficiais – para que o Torneio Internacional do União Micaelense pudesse ser disputado no Lajedo;
– o protocolo assinado permitirá ao Governo Regional dos Açores (em cinco anos) uma poupança na ordem de 1 250 000,00 euros; a matemática é simples e parece óbvio que tal representa um cenário mais favorável para os cofres públicos do que… gastar/investir cerca de 1 milhão de euros na aplicação de um relvado sintético (como quer o União Micaelense e como impõem os seus dirigentes a políticos mais permeáveis), destruindo assim o melhor tapete natural da ilha de São Miguel; Mais: numa altura em que há tamanhas fragilidades em áreas tão sensíveis como, por exemplo, a saúde, não nos parece fazer sentido canalizar verbas de monta só por um capricho bairrista; É tempo de as entidades privadas e demais clubes colaborarem com as entidades públicas e não se alimentarem apenas e tão só do erário público. A Santa Clara Açores compreende que o Sr. Arsénio Furtado necessita de correr o mundo à custa do erário público convidando clubes para participarem num torneio, achamos apenas que esses custos deverão ser suportados por si.
– Ao total arrepio da verdade, os deputados José Pacheco (Chega) e Nuno Barata (Iniciativa Liberal) aventaram que os sub-19 do Santa Clara foram deslocados para o Campo das Capelas. Choca a leviandade e ignorância com que representantes públicos se manifestam.
Ora, os sub-19 jogam em Rabo de Peixe, uma vez que o Campo de Jogos Jácome Correia está praticamente vedado ao Santa Clara, situação que acumula com o facto de o referido Lajedo necessitar de obras para acolher este escalão na I Divisão Nacional, bem como os sub-23, na disputa da Liga Revelação, que apenas pode ser disputado em relvados naturais, a SAD assume, aliás, a despesa com tais intervenções;
– os ditos deputados também não sabem que os sub-19 e restante formação já ali estavam nas Capelas inclusive antes desta SAD ter sido constituída, cenário que só mostra o total desconhecimento destes políticos relativamente ao desporto açoriano;
– mais: ao contrário do que se verificou com os responsáveis políticos de Ponta Delgada, os homólogos da Ribeira Grande receberam-nos de braços abertos, entendendo a importância e relevância do investimento particular que está a ser feito em benefício do futebol açoriano;
– igualmente ao contrário do que também foi dito neste debate, o Governo Regional dos Açores não patrocina a Santa Clara Açores, Futebol, SAD. Tem, isso sim, um contrato de divulgação da palavra "Açores". E, sejamos claros, essa é uma daquelas bandeiras que o Santa Clara mais tem elevado.
Ainda o nosso último jogo do campeonato, em pleno Estádio da Luz, perante 60 mil espectadores e com largos milhões a assistir por outros meios e em vários continentes, alcançámos um empate histórico, mesmo reduzidos a dez unidades por um longo período. Um feito que correu o mundo, como tantos outros até alcançados nos últimos anos, como por exemplo a melhor classificação da história do clube na Liga ou os vários recordes batidos em 2024/25 e também na época anterior, em que nos sagrámos campeões da II Liga. O Santa Clara é, sem sombra de dúvida, o maior representante dos Açores pelo mundo fora;
– estes ataques, digamo-lo sem rodeios, revestem-se de um enorme oportunismo e hipocrisia política, de algumas figuras do parlamento regional que fazem caixa de ressonância de dirigentes insignificantes e sem obra, mostrando simultaneamente um desconhecimento completo do funcionamento do Desporto açoriano.
Estas figuras manifestam um ódio ao Santa Clara tão visceral quanto incompreensível.
Perguntamos: será que um torneio de sub-11 justifica tamanha celeuma, quando inclusive sempre foi disputado no Jácome Correia? Quando a quase totalidade dos torneios de futebol jovem ocorrem em campos sintéticos, não pode a frustração de certos dirigentes jogar à custa de crianças em campos de relva natural, estes sim obrigatórios para o futebol de formação e não só ao seu mais alto nível.
A Santa Clara Açores não merece e jamais vai permitir este tipo de tratamento, mesmo que Vasco Cordeiro se possa sentir triste por Rui Cordeiro ser pessoa distante desta SAD. O que tem Rui Cordeiro que a atual administração do Santa Clara não tem, para que o Dr. Vasco Cordeiro jamais tenha hesitado em celebrar acordos no passado?
Hoje, o Santa Clara é uma das maiores entidades empregadoras dos Açores e paga mais de 5 milhões de euros anuais em impostos, tendo ultrapassado os 10 milhões de euros nos últimos três anos.
Pela primeira vez na história, uma equipa de São Miguel disputa a 1ª Divisão Nacional em sub-19.
Sejamos claros: esta é uma picardia que o União Micaelense quer tornar bairrista. Mas o Santa Clara (SAD e Clube) preocupam-se com os Açores, com Portugal e com a Europa.
Hoje, o Santa Clara é líder na Liga Revelação e vice-líder no campeonato nacional de sub-19.
Vamos ainda a mais factos, pois o Santa Clara é Açores!
Só na Liga Revelação, já atuaram 12 atletas açorianos.
Desses 12, dois são terceirenses e 10 são micaelenses. Os sub-23 não têm qualquer apoio do Governo Regional.
Mais de um terço do plantel à disposição dos sub-19 (13 em 33) é formado por atletas açorianos: três terceirenses, um jorgense e nove micaelenses.
O diretor da formação do Santa Clara é açoriano.
O treinador que subiu os sub-19 do Santa Clara à I Divisão Nacional é açoriano, mostrando que, além de promover atletas, promovemos profissionais.
Toda a equipa técnica dos sub-19, à exceção de João Nicolau, é composta por açorianos.
Pela primeira vez, neste domingo, o Sporting jogará em Rabo de Peixe com o Santa Clara. Fica, desde já, a informação para os deputados que não estão a par do que se passa no Desporto açoriano.
Estes ataques, movidos por uma cultura pequena, bairrista, prejudicam a economia local, o Desporto e os jovens açorianos que finalmente têm chance de se mostrar em palcos nacionais.
O Santa Clara é o único clube dos Açores que paga cerca de 15 mil euros para toda a sua formação treinar no Campo das Capelas.
A Santa Clara Açores de tudo fará para travar as mentiras travestidas de populismo.
Pelo Santa Clara Açores, pelos Açores!", pode ler-se.
Em causa término do protocolo estabelecido com a equipa açoriana, para a gestão do relvado do Complexo do Lajedo
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