Ricardo Nascimento: «Há cinco ou seis anos comecei a mudar atitude»

DEPOIS de, já esta época, ter defrontado o Boavista ao serviço do Gil Vicente, Ricardo Nascimento encara o jogo desta tarde contra a equipa onde se formou como "um reencontro de amigos" que lhe dá "especial satisfação".

Do corte do cordão umbilical, ocorrido há três anos após sucessivos empréstimos, ficou o sabor amargo de não ter logrado impor-se no clube de origem, apesar de não enjeitar algumas responsabilidades: "Claro que não fiquei contente por sair. Podia ter tido outras oportunidades, mas, se calhar, também não tive a atitude mais correcta como profissional de futebol. Já assumi isso sem problemas, mas também não houve ninguém que me tivesse ajudado a cem por cento. A única ajuda que tive foi do presidente, há alguns anos. Mas, sem ter o acompanhamento técnico que precisava, acabei por ser dispensado."

De "há cinco ou seis anos a esta parte" garante ter "começado a mudar, embora algumas pessoas pensem o contrário. De resto, diz estar "tranquilo" por saber aquilo que vale, e mostra-se satisfeito pela recepção que teve em Braga. "Sinto que faço parte de um grupo de trabalho de excelentes profissionais e tenho sido muito ajudado a nível técnico. O treinador diz-me aquilo que devo fazer. Tenho trabalhado imenso para entrar na filosofia do 'mister' e penso que estou a conseguir ganhar o meu lugar gradualmente."

Sobre o momento da sua actual equipa, lembra que "não era fácil recuperar do desaire da Taça", mas acrescenta que "os dois resultados importantes que se seguiram, deixam perspectivas de "fazer alguma coisa interessante contra o Boavista".

Sabe que será "um jogo extremamente difícil" mas refere que "a jogar em casa normalmente o Braga faz bons resultados contra o Boavista" e espera "que este jogo não seja excepção". À espera de "um jogo mais físico", acredita ser possível "contrariar os pontos fortes do Boavista" e garantir os três pontos: "Penso que estão ao nosso alcance."

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