Bakero: «Descer ao Braga B chocou-me bastante»

«Não compreendi por que me mandaram para a equipa B. Mas a prova que fui sempre profissional é que nunca virei a cara à luta e, passados 15 dias, regressei à equipa principal»

Bakero "queimou" em Braga mais um ano sem justificar a alcunha do antigo internacional espanhol. Depois de promessa do Felgueiras e vedeta da U. Leiria viu a estrela apagar-se após rumar ao Sevilha. Este segundo ano de empréstimo foi ainda menos feliz do que a anterior passagem pelo Marítimo... e vai voltar a Espanha.

– Que balanço faz da passagem pelo Sp. Braga?

– Não posso dizer que tenha sido uma época muito boa. Não sei dizer porquê, só sei que sempre tentei dar o meu melhor e procurei ser profissional a cem por cento. Mas não fui só eu que não justifiquei. Foram outros motivos que não interessa falar, agora que tudo já passou e que a época terminou. Tenho é de levantar a cabeça, olhar em frente e seguir o meu futuro.

– Esses outros motivos que aponta para o insucesso incluem algum problema com a equipa técnica?

– Não, não houve problema nenhum. Os treinadores têm vinte e tal jogadores e têm de optar só por onze e mais alguns para entrar durante os jogos. Nunca chega para todos e eu não vou olhar agora a isso. Respeitei sempre as decisões e tentei dar o meu melhor. Por isso saio de Braga de cabeça levantada.

– Merecia mais oportunidades?

– Qualquer jogador que não jogue regularmente tem sempre tendência para dizer que merecia mais oportunidades. Eu não tive muitas, mas também não posso dizer que não joguei. Houve jogos em que estive bem e outros menos bem.

– Custou-lhe a aceitar a passagem para a equipa B?

– Foi uma decisão que me chocou bastante. Sinceramente, não compreendi as razões e também não me deram explicação para isso. A prova que fui sempre profissional é que, passados 15 dias, regressei à equipa principal. Isso é sinónimo de que mantive a cabeça levantada e nunca virei a cara à luta. Acabar a época na equipa principal foi uma satisfação.

– Justificou o recuo na decisão com o regresso à equipa principal?

– Penso que sim. Às vezes tomam-se decisões que não são as mais correctas. Sinceramente, não merecia. Já tinha feito alguns jogos na equipa B... porque, acima de tudo, era jogador do Braga. Mas o importante foi ter regressado e voltado a fazer alguns jogos na equipa principal.

– O que é feito do Bakero que há uns anos foi cobiçado por clubes portugueses e saiu para Espanha?

– É verdade que fiz uma grande época em Leiria. Em Sevilha estive praticamente um ano sem jogar e foi aí que comecei a baixar. No Marítimo, fiz uma época regular e em Braga tinha a intenção de relançar a carreira. O certo é que as coisas não saíram muito bem e sei que a maior parte da culpa é minha. Mas sou novo e só tenho de pensar no futuro com tranquilidade.

– O que o leva a dizer que a maior parte da culpa é sua?

– Quando um jogador não se impõe num clube, não pode atribuir as culpas aos treinadores ou outras pessoas que os terão prejudicado. Há sempre algo mais que nós podemos fazer.

«Seria fácil rescindir em Sevilha»

O futuro de Bakero passará por Sevilha? "Até este momento não surgiu nada em contrário. Tenho de me apresentar em meados de Julho". E os espanhóis poderiam libertá-lo? "Penso que sim, porque no contrato de quatro anos, só fiquei lá no primeiro. Se das outras vezes houve acordo, neste ano ainda seria fácil rescindir."

Tristeza pela despromoção do Felgueiras

O Felgueiras, onde Bakero "nasceu" para o futebol, desceu à II Divisão B. Desiludido pela crise que abalou o clube, sente que há condições para ressurgir em breve entre os melhores. "É com bastante tristeza que vejo o Felgueiras descer à II B. A cidade merece um clube na I Divisão. Mas há problemas financeiros..."

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