As declarações de Carlos Vicens, treinador do Sp. Braga, após a vitória suada (1-0) da equipa na deslocação ao terreno do GD Bragança na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. 

Exibição e dificuldades

"Nestes jogos sabemos que é difícil saber o que vai acontecer. Espera-se que se ganhe por 4 golos, mas não é fácil. O ritmo de jogo e o desequilíbrio dos jogadores de fora não foi o que esperávamos. Estivemos muitos minutos a ver se o Grillitsch podia continuar ou não. Penso que há momentos em que se sente que a equipa nota essa pressão. Há passes que para dá-los é preciso mais toques. Tenta-se jogar com passes mais seguros. Já se sabe que se espera que se faça um jogo extraordinário, que se passe por cima do rival. A realidade é que tudo afeta os jogadores e a circulação de bola também sai afetada pela organização do adversário. Tentámos mudar na segunda parte a parte de oferecer mais possiblidades de desequilbrio. Tentámos arriscar mais para encontrar mais chances de remates. Não concretizámos bem, mas encontrámos o Ricardo Horta pelo facto de termos um ponta mais. A equipa tem que fazer mais, sabemos que temos de oferecer uma versão muito melhor e não vamos justificar a má imagem com um jogo difícil. Era difícil e noutros jogos conseguimos fazer mais coisas."

Estratégia

"Foi um jogo peculiar, onde tentámos desequilibrar por fora, num par de situações que tentámos encontrar espaço para remate. As situações não foram de muita vantagem e acabámos não decidir bem. O que nos dá golo é mais coletivo do que a genialidade do Ricardo. É estupenda a finalização, mas é resultado da mudança de estrutura. Quando temos jogos em que há que dominar, jogar contra bloco baixo como o de hoje, temos de melhorar aspetos para podermos passar menos dificuldades. Não há que deixar de ter em conta o jogo que é, as emoções que passam enquanto os minutos avançam. Não pode ser desculpa para ter um rendimento abaixo do habitual, mas temos de saber que os jogadores essa pressão. Queremos ver um Braga mais oportunidades, com circulação mais rápida, mais ritmo."

GD Bragança 

"Sabíamos que a organização deles ia existir, vinham a jogar com uma estrutura mais de linha de quatro e hoje mudaram para linha de cinco. Deu-nos algo mais de presença em campo rival, mas desorganizar esse bloco baixo o que fizemos não foi suficiente. Temos de conseguir fazer mais. Apesar de termos bola parada e desequilíbrios por fora, temos de fazer mais. Foi o que falámos ao intervalo e as mudanças foram em busca desse desequilíbrio, para ter mais opções para desmontar esse bloco baixo", terminou.