Salvador e a Cidade Desportiva do Sp. Braga: «Ao contrário de outros, este não é um projeto publicamente financiado»

Presidente fala num dos "dias mais importantes da história" do clube bracarense

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Uma autêntica visita guiada: Sp. Braga mostra todas as instalações da Cidade Desportiva

António Salvador não escondeu a alegria após a inauguração da 2.ª fase da Cidade Desportiva do Sp. Braga. Na cerimónia que ocorreu esta segunda-feira, o presidente bracarense falou num dos "dias mais importantes da história do clube" e criticou, indiretamente, as benesses dadas a outros emblemas na construção das respetivas infraestruturas.

"A Cidade Desportiva que hoje inauguramos é acima de tudo vossa, jovens jogadores do nosso futebol de formação e jovens atletas das nossas modalidades. É com especial entusiasmo que vos recebemos neste que é um dos dias mais importantes da história do Sporting Clube de Braga. Um dia em que projetamos os nossos sonhos e garantimos o nosso futuro, posicionando claramente este clube como uma das maiores referências desportivas e sociais do País. A Cidade Desportiva sempre foi, para nós, uma ambição e uma prioridade. É um projeto de muitos anos, que aceleramos em pleno contexto pandémico, numa fase em que tantos aconselhariam à prudência e ao recuo. Como em muitos outros momentos, foi com convicção que vimos na ameaça uma oportunidade, avançando para um complexo que hoje é, estou convencido, orgulho dos sócios e dos bracarenses. Com uma profunda nota de agradecimento, tenho de referir as largas centenas de homens e mulheres que ao longo deste período trabalharam para concretizar este enorme desafio. É com sentimento de grande satisfação que devem recordar este importante ciclo da vossa vida profissional e que tanto significado terá para atletas, funcionários, sócios e adeptos do Sporting Clube de Braga", começou por dizer Salvador, no seu discurso.

"A Cidade Desportiva é o resultado de um esforço prolongado, perante desafios de enorme complexidade, num processo quase sempre percorrido de forma solitária e cuja construção foi financeiramente suportada na íntegra pelo Sporting Clube de Braga. Tal evidência não pode impedir, porém, que se preste o devido agradecimento ao Governo de Portugal, que em 2016 reconheceu a Cidade Desportiva como Projeto de Interesse Nacional em Diário da República, e à Câmara Municipal de Braga, que nos confiou este enorme desafio urbanístico de reabilitar uma área devoluta da cidade. Ao contrário de outros, este não é um projeto publicamente financiado, mas é justo aqui referir que nem por isso deixou de ser um projeto reconhecido e desenvolvido com uma profunda consciência de impacto social. Temos plena noção de que desempenhamos neste clube, graças ao esforço de um valioso grupo de profissionais, um papel de enorme relevância para o País e para a comunidade. Substituindo, não raras vezes, funções que são da competência do Estado; garantindo a centenas de crianças e jovens a prática desportiva, a inclusão social, o acompanhamento pedagógico e o desenvolvimento humano. Cientes e orgulhosos desta missão, torna-se ainda mais inusitado que este seja caso raro entre os Projetos de Interesse Nacional, na medida em que não beneficiou de qualquer incentivo público, mais-valia fiscal ou acesso a fundos comunitários", acrescentou o líder dos minhotos.

As imagens da inauguração da 2.ª fase da Cidade Desportiva do Sp. Braga

Vincando que tem como "compromisso ter todo este investimento amortizado até 2025", no fim do mandato em curso, Salvador espera que a Cidade Desportiva venha a ser "uma importante infraestrutura de apoio à candidatura do nosso país à organização do Mundial’2030, que estou certo de que traremos para Portugal."

"Iniciaremos a próxima época já com o mini-estádio terminado e revelo hoje publicamente que a 19 de janeiro de 2025, dia de aniversário do clube, será inaugurado o novo museu do Sporting Clube de Braga. Devo acrescentar que são dois projetos que entendemos como simbólicos para o presente e para o futuro deste clube. O mini-estádio por ser o reforço da forte aposta que temos feito em dois eixos estratégicos: o feminino e a formação. O museu, que provavelmente nem terá esse nome, por ser aquele que considero ser o nosso posicionamento mais agressivo e assertivo enquanto marca", vincou Salvador.

Por Record
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