O Sp. Braga regressa amanhã à competição, defrontando o Nacional na 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Na antevisão ao duelo agendado para as 17H30, na Pedreira, Carlos Vicens não passou ao lado do desaire caseiro com os insulares há dois meses, para a Liga Betclic. 

Nacional já venceu esta época em Braga. O que espera amanhã?

“Não foi há muito tempo que os defrontámos, estamos conscientes das dificuldades que nos podem causar e temos de fazer um jogo muito bom, fazer muitas coisas boas, sendo uma equipa ambiciosa, competitiva e que quer ganhar, porque queremos continuar nesta competição tão especial. Se não estivermos ao nível que a partida requer, não será fácil.”

O que mudou desde essa derrota?  

“É um processo de meses. Aquele jogo marcou-nos um pouco. Mais do que o pior momento, houve uma baixa de forma quando estávamos a crescer. Vínhamos a ter uma semana muito boa e surpreendeu-nos fazer aquele jogo. À parte disso, sabemos que é um processo de mudança de clube, os jogadores estão cada vez mais do que pretendemos, jogando com mais confiança e, nesse sentido, reitero o que disse na anterior resposta: vai ser um jogo difícil e temos de voltar a ser uma equipa ambiciosa.”

Esta pausa foi importante para a equipa?

“Foi importante porque utilizámos para recarregar energia, porque vínhamos de quatro semanas com sete jogos, tivemos algumas baixas e também para trabalhar em aspetos do jogo que a equipa deve melhorar.”

Que Nacional espera?

“O Nacional que vai ter a ilusão de vir aqui a conquistar outra vez um triunfo que lhe permita continuar nesta competição tão bonita como é a Taça, mas nós não o podemos permitir.”

Como estão os jogadores internacionais?  

“Temos de ver como está o Zalazar, que chegou hoje. Fomos cuidando dos que chegaram das seleções. Vamos ver no treino de hoje como estão todos.”

António Salvador teceu-lhe vários elogios numa entrevista a Record…

“Desde que cheguei senti sintonia, uma proximidade e uma facilidade de trabalhar que me faz ter confiança no projeto está realmente a fazer efeito e na linha que desejamos. Digo-o agora e disse-o há uns meses, quando me perguntaram isso [sintonia entre treinador e presidente]. Leva tempo para sermos a equipa que queremos ser, mas toda a gente no clube está a bordo. Gostei muito das palavras do presidente, agradeço, mas sinto-o no dia a dia e não apenas nas palavras, porque comporta-se dessa forma. Estamos juntos, de mãos dadas neste projeto, sempre com a intenção de melhorar. O que ele está a dizer foi o que me explicou quando decidi vir: um projeto sério, com olhos no futuro, ambicioso e que cuida dos detalhes.”  

Recentemente, os dirigentes teceram muitas críticas à arbitragem. Acho que se fala de mais de arbitragem em Portugal?

“Penso que a vontade de todos tem de ser sempre fazer o melhor nos contextos em que participamos. Haver vontade de todos em aportar para que o futebol melhore e seja cada vez mais um jogo de justiça. Todos temos a nossa responsabilidade individual, aqueles que formam este mundo do futebol, para que seja um bocadinho melhor. A ideia tem de ser de todos, porque a beleza e saúde do nosso desporto depende desta responsabilidade individual.”

A Taça de Portugal ganha outra dimensão pela classificação na Liga?

“Estamos concentrados neste jogo, mas lembro que estamos a disputar todas as competições. O foco, desde que terminou o jogo com o Moreirense, está no Nacional. A Taça é uma competição especial, só passa uma equipa. Temos a intenção de disputar a ronda seguinte, numa prova em que o clube já teve êxito e seria bonito continuar. O nosso foco é no jogo de amanhã, numa competição especial e única.”