Já não há razão para o Sporting chegar atrasado ao encontro com o 37º título oficial no futebol. Numa aliança com a Franck Muller, marca suíça de alta relojoaria, o clube apresentou ontem o relógio comemorativo do Centenário, cerimónia realizada em Lisboa e que começou... dez minutos atrasada.

Um brilho de orgulho inflamou os olhos de Soares Franco.

“É um projecto realizado com qualidade e rigor. Vai ser um êxito comercial”, vaticinou o presidente do Sporting, filosofando a propósito da cor do relógio: “Descobrimos que o ouro é verde. O ouro só pode ser verde, se pensarmos que ser verde é ser de ouro. Os sportinguistas são todos de ouro, merecem que o ouro seja verde. Como o Sporting é verde, acho que vai ter um futuro dourado. Tenho uma grande esperança que nos próximos 100 anos vamos ganhar muito mais títulos.”

36 unidades e leilão

Ernesto Ferreira da Silva explicou a razão de terem sido fabricados 36 exemplares do relógio. “É esse o somatório dos Campeonatos, Taças e Supertaças conquistados pela equipa principal do Sporting”, adiantou o presidente da comissão do Centenário, revelando que dois relógios suplementares foram ofertados à organização que dirige: “Um irá para o museu do clube e o outro será leiloado entre os sócios do Sporting. Se o clube tiver êxitos, este ano será celebrada nova parceria com a Franck Muller.”

A empresa já cativou Luís Figo e Cristiano Ronaldo, tendo idênticas parcerias com Benfica e FC Porto.

Produto esgotado apesar do preço

O comum dos mortais não tem possibilidade de colocar um relógio do Centenário no sapatinho de Natal. A razão é simples – o precioso objecto custa 19.800 euros.

Não se pense, todavia, que o relógio vai ficar encalhado nas vitrinas da Torres Distribuição, empresa que o comercializa.

“Os relógios estão pré-distribuídos, isto é, teoricamente já todos têm dono”, explicou Pedro Torres, director-geral da Torres Distribuição. A operação movimenta um total de 712.800 euros.