Luís Miguel Henrique, advogado de Jorge Jesus, afirmou esta sexta-feira que ainda não foi notificado do processo movido pelo Benfica ao seu antigo treinador.

"Se o Benfica entende que terá algum direito a tentar concretizar esse ato judicial… que o faça. O que temos conhecimento é o que vem na "Sábado". Ainda não fui notificado, zero, nada. A defesa irá acontecer. Tenho de concordar com um conjunto de juristas e pessoas que em noção dos pequenos factos que têm vindo a lume que estes são frágeis para sustentar a ação. Acho que é só um bocadinho da espuma, tem de haver alguma coisa mais, algo que dê mais ao processo. O que há é o que a direção do Benfica decidiu libertar, para marcar a agenda mediática nesta fase", referiu à CMTV.

O advogado explicou depois a cronologia dos acontecimentos que marcaram a passagem do técnico da Luz para Alvalade: "Jesus foi despedido no dia 4. No dia 28 ou 29 de junho, o Jorge recebe uma carta dizendo que deveria comparecer – sem saber o porquê – no Estádio da Luz no dia 26. No dia 30 de junho, o último dia de contrato, o Jorge responde dizendo que está de férias, que a carta chegou fora de tempo e que não faz sentido por estar de férias e por no passado dia 4 de junho foi impedido de entrar no Seixal. Posso dizer enquanto jurista que o facto de o impedir de entrar, acredite que pode dirigir-se a qualquer tribunal de trabalho. Não fez porque tem um ano para o fazer. Se poderia visitar a instalação da futura entidade patronal? Sim. Se aconselhei? Disse que não haveria qualquer problema adicional. Só na questão da comunicação social. A partir daqui saber se isso iria implicar violação do dever contratual... não implicaria. Não é com certeza nisso que os meus colegas mandatados pelo Benfica vão pegar. É um fait-diver".

Por fim, Miguel Henrique esclareceu que não vê qualquer irregularidade nas ações de Jesus: "Não assinou um contrato de promessa. É um contrato, assinado a 5 de junho e comunicado à CMVM. Assinado no dia 5 para ter início a 1 de julho de 2015. Até Manuel José disse que assinou uns cinco ou seis. Há violação de alguma regra legal? Não. O contrato com o Benfica terminava no dia 30 de junho…".