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22 outubro

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André Bernardo e a aposta na Academia Cristiano Ronaldo: «Há jogadores mais poderosos do que algumas marcas»

Vice-presidente do Sporting analisou vários temas no Portugal Football Summit, revelando que irá lançar novos projetos no clube de Alvalade

André Bernardo discursa sobre futebol no Portugal Football Summit
André Bernardo discursa sobre futebol no Portugal Football Summit • Foto: Paulo Cunha

André Bernardo, vice-presidente do Sporting, participou este sábado num debate no Portugal Football Summit, discutindo vários temas num painel denominado 'Crescer com Alma: Como os Clubes se Expandem Sem Perder a Sua Herança'. À margem do evento, o dirigente dos bicampeões nacionais abordou a estratégia aplicada no clube de Alvalade, lembrando, desde logo, o trabalho feito em torno da Academia Cristiano Ronaldo.

"Temos de respeitar, faz parte do nosso legado. O nosso core business é o desporto e jogadores são uma componente fundamental. Os heróis são os atletas. Os jogadores são heróis, mas também são pessoas e há pessoas que por vezes descuram este aspeto, tentam copiar. Na era digital, estes jogadores são muito mais poderosos do que algumas marcas. Cristiano Ronaldo é a maior marca do mundo e é uma pessoa única. Naturalmente tem uma equipa que o apoia, mas é um ‘one man show’. E há muitos outros exemplos na indústria musical. São pessoas que se tornam bastante influentes e têm mais poder, em termos de notoriedade, do que muitas marcas. É algo que é transformador, mas temos um centro de talento. Na equipa de Portugal campeã da Europa, em 2016, 80 por cento eram jovens formados no Sporting. Naturalmente que temos de alavancar isso, a maior parte deles orgulha-se de ter sido formado na academia, o Cristiano é bom exemplo mas há outros, que vieram de origens humildes e difíceis. Todos sabem a história do Cristiano, da mãe do Cristiano, uma grande fã do Sporting, foi ela que o trouxe quando era menino para a academia. Ele fala disto, que estava longe de casa, ligava, tinha saudades... Temos a academia, os miúdos, vejam o Quenda, as suas origens, é bom que tenham esta ligação emocional ao clube. Ultrapassa o mundo do futebol. Muitos vivem na academia desde os 12, 13 anos. De mil jovens só 0,1% é que têm sucesso", assumiu o 'vice' leonino, lembrando ainda projetos delineados pelos verdes e brancos, com recurso também à marca de CR7.

"Lançamos plano estratégico que materializa uma matriz identitária. Finalidade e premissa que respeita o nosso legado, a nossa historia. Só a tornamos mais clara, a finalidade já existia. Há 22 anos criei uma marca, não tive muito sucesso, se não não estaria aqui. Não havia e-comércio, agora sim, basta um telemóvel, internet e perfil nas redes sociais para distribuir, em poucos segundos podemos chegar a um publico global. Queremos ter um crescimento estribado em engagement dos adeptos. Lançamos uma colaboração com Cristiano Ronaldo e a Nike, 80% do tráfego veio da internet", apontou André Bernardo, revelando ainda projetos que o clube terá pela frente.

Todos sabem a história do Cristiano, da mãe do Cristiano, uma grande fã do Sporting, foi ela que o trouxe quando era menino para a academia
André Bernardo

Vice-presidente do Sporting

"Agora vamos mudar plataforma de comércio eletrónico, vamos lançar o My Way. É a canção, o hino do clube. Estamos a apostar na personalização, cabe às pessoas escolher a sua própria coleção, combinar várias peças. Trata-se de nos aproximarmos do publico. Com as ferramentas que temos podemos fazê-lo a nível internacional. Esperamos que estas e outras ferramentas nos ajudem a chegar a publico mais internacional. Somos um país pequeno. Teremos sucesso ou não? Os concorrentes têm muito mais dinheiro do que nós", confessou.

Além disso, o dirigente explicou o sucesso em torno da política das redes sociais e interação com o universo sportinguista. "Estamos muito focado em melhorar o engagement com os adeptos. Somos um país pequeno, mas há um paradoxo de escala, diria eu. Se conseguirmos captar o interesse de um por cento de uma maior geografia, em volume, porventura, teríamos mais adeptos do que temos em Portugal. Segundo, a nível local há pouca apetência para mudar de clube. Há uma relação familiar, o amor pelo clube passa de pai para filho, etc. Lá fora têm um clube principal e outros complementares, podem ter interesse em outros não só por questões desportivas", vincou.

De resto, numa temporada em que a equipa de Alvalade volta a marcar presença na Liga dos Campeões, André Bernardo analisou o impacto da caminhada europeia. "Em primeiro há o retorno financeiro, mas em termos de reputação - e há estudos - tudo muda se temos historial na Champions. Quando se começa a entrar, a publicidade e atenção que a marca recebe é enorme. Também há impacto direto nos jogadores, aumenta o seu valor, e diminuem-se as duvidas que jogadores podem ter sobre vir jogar para Portugal. Há efeitos diretos e indiretos. É uma passagem para o palco global. Selecionamos jogadores porque achamos que são os melhores para a equipa. Se os tivermos, tentamos ter alvos específicos. Nas redes sociais, muito do impacto vem dos jogadores que temos e do seu perfil, o que se tornam em termos de popularidade. Ainda não somos tão eficientes como podemos, é algo que temos de melhorar e estamos a otimizar", reiterou, num painel partilhado com Mirwan Suwarso (Como) e Stacy Johns (Los Angeles FC).

Por André Antunes Pereira
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