Bastonário da Ordem dos Economistas conhece por experiência própria o sistema que o Sporting quer introduzir
Os sócios do Sporting são chamados este domingo a deliberar, em Assembleia Geral, sobre a adoção do voto electrónico à distância, um sistema que permitirá a todos os sócios com capacidade eleitoral de exercerem o seu direito, independentemente da zona de residência.
Eleito há dois anos Bastonário da Ordem dos Economistas, através de uma metodologia semelhante àquela que o Sporting pode implementar, António Mendonça conhece o processo por experiência própria e não tem dúvidas em dizer que se trata de um passo em direção ao futuro.
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Aqueles que resistem, diz, fazem-no muitas vezes ou por desconhecimento quanto à segurança do processo ou até por receio de uma maior participação eleitoral, afinal a grande mudança que a introdução do voto eletrónico à distância pode trazer, neste caso ao Sporting.
"Há um conservadorismo natural. As pessoas sempre votaram da mesma maneira, têm dúvidas em relação ao que é diferente do que estão habituadas a fazer. Há um conservadorismo natural. Há, por outro lado, uma certa ignorância sobre como é que as coisas são feitas atualmente. E há desconfiança. Mas mesmo no voto presencial pode haver muitas situações de irregularidade, de pressão. Haverá sempre possibilidades de fraude, em qualquer metodologia que se utilize para fazer umas eleições. Mas eu julgo que hoje em dia os procedimentos de natureza eletrónica estão suficientemente conhecidos, divulgados e de controlo eficaz. As listas têm de garantir que os seus representantes estão adequadamente informados sobre o processo eleitoral e de como atuar em caso de pensarem, de sentirem, que pode haver alguma irregularidade", começa por dizer António Mendonça, contactado este sábado por Record.
E prossegue, na sua reflexão. "É uma metodologia nova que vai permitir uma maior participação eleitoral e às vezes as pessoas têm algum receio disso. Por não serem aquelas pessoas que vão frequentemente às reuniões, às assembleias, podem estar mais fora do controlo das diferentes listas para poderem ser influenciadas. Mas não há ninguém privilegiado ou prejudicado pelo facto de se passar de uma metodologia para outra. É progresso. É facilitar e aumentar a participação. E, desse ponto de vista, as instituições têm todo o interesse" , conclui.
"Vai ser o futuro"
António Mendonça explica que "a Ordem dos Economistas já há bastante tempo que pratica o voto eletrónico, aliás desenvolveu-o." "A experiência que nós temos é positiva. Contratámos uma empresa para programar o voto eletrónico e ela ofereceu garantias de que tudo decorreria com a maior eficácia, lisura e transparência como aconteceu, de facto", explica.
"As últimas eleições foram há dois anos e realizadas com voto eletrónico. Há várias modalidades, como se sabe. No nosso caso, podia ser presencial, ou seja, na sede da Ordem, ou à distância, em casa, através do computador ou do telemóvel. Estava preparado para todos os dispositivos. No fundo, o membro (da Ordem) em condições de votar recebia uma credencial e com base nela efetuava a votação no site. Tudo estava programado. Era como uma réplica eletrónica de um processo normal de votação em que a pessoa tem de votar para os diferentes órgãos. Era uma votação relativamente longa e complexa e, no final, podia ou não submeter. Ou seja, podia voltar atrás e rever tudo. Só ficava concluído a partir do momento em que submetia o voto. É o que acontece numa votação normal, quando colocamos o voto na urna", descreve António Mendonça.
O nível de complexidade da eleição na Ordem dos Economistas está refeletido no facto de existirem "listas diferentes para diferentes órgãos", com cerca de 10 a 11 mil membros, ainda que nem todos com capacidade eleitoral, e a possibilidade de votarem em Portugal ou no estrangeiro.
Ainda assim, "em 10 a 15 minutos tínhamos o resultado final, para todos os órgãos." "E não houve contestação absolutamente nenhuma. As pessoas estavam seguras de que tudo tinha corrido com a maior lisura. Eu ganhei as eleições, naturalmente não tinha razão para contestar, mas quem as perdeu não o fez. A confiança foi total. É tudo encriptado, parametrizado, adaptado às particularidades de cada eleição",
"Temos de estar preparados porque vai ser o futuro. Até mesmo no plano nacional vamos caminhar para aí. É evidente que temos de ter bastantes cuidados, sobretudo quando temos uma votação de caráter nacional, com pessoas que votam nos diferentes cantos do Mundo. Mas eu julgo que se nós compararmos as possibilidades de ocorrências numa votação presencial ou numa votação à distância é capaz de não haver muitas diferenças. No fundo tem a ver com órgãos fiscalizadores. E, se houver dúvidas, em criar as comissões específicas para analisar as queixas ou irregularidades. Requer uma atenção técnica particular. A empresa tem de ser idónea e tem de haver possibilidade de se ver se efetivamente há ou não alguma intrusão, que torne o ato menos regular. Mas da experiência que nós temos tido e, em particular, da experiência a que eu estive mais ligado, por razões óbvias, correu tudo muito bem", garante.
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