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26 outubro

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APDA condena atrasos no processo judicial do adepto do Sporting que ficou cego na festa do título

Bernardo Topa foi atingido por uma bala de borracha na celebração do bicampeonato e perdeu aí o olho esquerdo

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Bernardo Topa e a carga policial nos festejos do Sporting: «De repente, dispararam literalmente para todos os lados»

Bernardo Topa não esquece o que lhe aconteceu na noite de 17 de maio de 2025, quando celebrava a conquista do bicampeonato por parte do Sporting. O adepto sportinguista foi atingido por uma bala de borracha na celebração do bicampeonato e perdeu aí o olho esquerdo, num momento que ficou marcado e que foi recordado pelo próprio a Record

Tendo em conta também as declarações proferidas por Bernardo Topa ao nosso jornal, a Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) lembrou esta quinta-feira o caso, deixando críticas à justiça pela demora na resolução do processo.

"Damos seguimento a mais uma entrevista do Bernardo onde, mais uma vez, é demonstrado o que de pior se passa em Portugal. Passaram-se 5 meses e pouco ou nada se avançou no seu processo. A justiça é cúmplice desta inércia e quanto mais se atrasa, mais hipóteses de defesa se constroem. Nos processos do futebol estamos todos habituados a que começem com 6 meses, 1 ano de atraso. Quando são adeptos a ser julgados, já não é bem assim. E perguntamos - quem vai depor para se defender ou acusar, passado 1 ano, é capaz de se lembrar de tudo? Este atraso, não vai ter impacto na descredibilização dos depoimentos e a possível identificação dos culpados? Na APDA não deixaremos nunca cair este e outros casos. Aqui, fica tudo para memória futura. Pela defesa intransigente dos adeptos!", coloca em questão a associação.

Recorde-se que o próprio adepto dos leões admitiu na entrevista que . Na altura, a 17 de maio passado, fruto de uma carga policial no momento da passagem do autocarro do Sporting na zona do Saldanha antes de chegar ao Marquês de Pombal, Bernardo foi atingido por uma bala de borracha perdida, perdendo o olho esquerdo. Necessitou de intervenção cirúrgica e reconstituição da zona ocular. Desde então, a vida do comissário de bordo da TAP mudou radicalmente e, enquanto espera a oportunidade para finalmente voltar a trabalhar, não escondeu a Record a sua revolta por ter sido vítima de um ataque de quem, considera, o devia proteger.

De resto, este não é caso único no que diz respeito a incidentes nos festejos de títulos. Ainda em 2021, após o fim do jejum de 19 anos do clube de Alvalade sem vencer o campeonato, um adepto sportinguista, Ricardo Santos, foi baleado e ficou cego do olho direito nas celebrações no Marquês de Pombal.

Igualmente, a 3 de outubro de 2014, um adepto do Boavista, no caso João Freitas, ficou cego, alegando que tal ocorreu devido a uma carga policial sobre os adeptos axadrezados. Anos mais tarde, já em 2019, ribunal de Guimarães absolveu hoje os 11 efetivos do Corpo de Intervenção da PSP acusados de agredir e cegar um adepto do Boavista na Cidade Berço.

Relativamente ao mais recente caso nos festejos leoninos em 2024/25, a PSP admitiu que houve necessidade de uma intervenção da Unidade Especial de Polícia (UEP), explicando o sucedido. "Para fazer cessar o arremesso de artigos de pirotecnia (baterias de fogo de artifício) na direção dos polícias, na zona do Saldanha, em Lisboa. Foi neste local que, , um adepto do Sporting ficou cego de um olho após ter sido atingido na vista com um disparo de munição não letal (bago de borracha)", defendeu a força da autoridade.

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