Numa curta intervenção na TVI24, Bebiano Gomes, o advogado de Bruma, admitiu que ficou surpreendido com a decisão da CAP, assim como o próprio jogador.

"Teremos de ver qual será o futuro e ver o que é melhor para ele", começou por dizer, em declarações à TVI24, partilhando depois a reação de Bruma: "Ele só se riu quando soube da decisão. Estávamos convictos de que a decisão seria favorável. Temos de seguir em frente e decidir o futuro".

Poucos minutos depois, de regresso à antena da TVI24, falou de novo sobre o tema e a decisão da CAP: "Não entendi e não respeito. Quanto a opções,em primeiro lugar há a possibilidade da rescisão, porque o jogador não se sente em condições. Podia ser por aí. Mas há outras vias. A Federação Portuguesa de Futebol subscreve as normas da FIFA e tem de as respeitar. A validação da inscrição do Bruma continua a estar ferida de nulidade. Podemos optar sempre pela via federativa, que nos permitiria avançar com o recurso para a FIFA. Estamos a ponderar com frieza, algo que esta situação requer".

"Para já o Bruma precisa de começar a competir, estar integrado num grupo de trabalho, é a profissão dele. Um objetivo que deve ser concretizado num curto espaço de tempo. Esse é o caminho, que permita ao jogador retomar a atividade brevemente."

"Uma coisa é a minha opinião ao longo deste processo. Outra é aquilo que o jogador entender, que pode considerar que tem condições para regressar. Se ele decidir assim, teremos de respeitar essa vontade. Se não for essa, teremos de partir para outra solução."

"Que eu saiba não houve contactos com o jogador. Não houve nenhuma reunião comigo. Penso que houve sim uma série de decisões erradas. Continuo a dizer que o Sporting não conduziu da melhor forma a situação. Até veio a público o conflito com o Pini Zahavi, que agora já não o é... Supostamente fez exigências para seu benifício. O Sporting entendeu que não podia fazê-lo e, a partir do momento em que o Bruma rescindiu com o Pini, o Sporting tinha prioridade. No entanto, a conversa nunca aconteceu. O presidente optou por enviar pessoas que provavelmente não teriam a sensibilidade necessária para tratar do tema. Primeiro foi o responsável do futebol, que entrou com agressividade altíssima", acrescentou.