"Em tudo o que entro é para ganhar". As palavras de Diego Capel à chegada ao aeroporto de Lisboa a 21 de julho de 2011 revelavam, de caras, a ambição do internacional espanhol. O camisola 11 dos leões, vindo do Sevilha, acabara de assinar por 5 anos com o Sporting, um negócio que custou à SAD leonina 3,5 milhões de euros.

Antes de aterrar em Lisboa, ficaram célebres as imagens de Capel em lágrimas na conferência de imprensa de despedida no Ramón Sánchez Pizjuán, depois de sete anos a vestir a camisola dos andaluzes. De "coração nas mãos", o extremo espanhol recordou as conquistas pelo Sevilha, mas assumiu-se pronto para o desafio na capital lisboeta. "Vou para um grande clube e espero continuar a crescer, continuando títulos com a minha nova equipa", disse na altura. Não o conseguiu: ao serviço dos leões, e até ao momento, não arrecadou qualquer título.

Capel desde cedo garantiu um lugar de destaque no Sporting: depois de uma travessia do deserto, o extremo conquistou os adeptos contabilizando 12 golos em 85 jogos repartidos por campeonatos (52), Taça da Liga (5), Taça de Portugal (8) e Liga Europa (20).

O ex-benfiquista Javi García foi um dos responsáveis em "convencer" Capel a rumar à capital portuguesa. Ambos representaram a seleção espanhola nas camadas jovens, tendo construído uma grande amizade ao ponto de se comunicarem frequentemente para partilharem experiências vividas nas respetivas carreiras.

O interesse do At. Madrid - o emblema espanhol estará disposto a chegar aos 7 milhões de euros para convencer Bruno de Carvalho - não é novo e já no defeso do ano passado Capel foi "sondado". Em setembro, em entrevista a Record, o extremo explicou a possibilidade de rumar "a casa".

"Tenho orgulho que equipas tão grandes como o Atlético Madrid reparem em mim, mas tenho muito a dar ao Sporting. Espero, juntamente, com os meus companheiros, fazer com que o Sporting volte a ser feliz, volte a sorrir, pois é um clube de topo no futebol português e no futebol internacional", afirmou. Um ano depois como será?