O Schalke 04 teve mais bola, circulando-a de forma inconsistente, fruto de mais uma entrada feroz do Sporting, em que João Mário e Slimani obstruíram as saídas do adversário a partir dos centrais.

Sempre que era ultrapassada a primeira linha de pressão, João Mário juntava-se a William e Adrien, dificultando as penetrações pelo corredor central, aquele que os alemães mais exploram, enquanto Carrillo e Nani retiravam profundidade aos laterais.

O Sporting denotou ligeiras melhorias no controlo da profundidade defensiva, isto apesar da entrada do instável Naby Sarr, sempre mais preocupado com o homem do que com a ocupação de espaços e a bola. Contudo, os leões foram incapazes de se impor nos duelos aéreos na sua área – 1 ganho em 5 –, sendo que 3 dos 4 golos dos azuis surgiram na sequência de cruzamentos, 2 deles após livres laterais de Aogo.

Esta foi a arma crucial para Di Matteo esconder limitações para criar oportunidades em bola corrida, até pela incapacidade para demonstrar que esteve dois terços do jogo em vantagem numérica.

Apesar dos 4 golos sofridos, o Sporting, mesmo com 10 unidades, acumulou 37 ações entre desarmes, interceções ou recuperações, além de 30 cortes e 19 faltas cometidas, 10 delas efetuadas no meio-campo adversário. A agressividade e a intensidade impostas foram decisivas nos desdobramentos rápidos para ataque, permitindo a recuperação de 1-3 para 3-3.