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27 setembro

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Depois da equipa A do Sporting, João Simões estreia-se na... universidade: «Estou mais nervoso do que quando jogo!»

Sporting TV acompanhou viagem para a primeira aula do médio na Faculdade de Motricidade Humana. "O futebol não é para sempre, temos de ter um plano B", sublinhou

João Simões frequenta curso de Ciências do Desporto na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa
João Simões frequenta curso de Ciências do Desporto na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa • Foto: Sporting CP

Depois da chegada à equipa A do Sporting, João Simões foi agora promovido à... universidade. Por entre treinos e jogos às ordens de Rui Borges, o médio de 18 anos deu o pontapé de saída nas aulas no curso de Ciências do Desporto na Faculdade de Motricidade Humana (FMH), em Lisboa, e admitiu que o momento o deixou mais "ansioso" do que quando representa o Sporting em campo.

"Nervoso? Um bocado. É muito pior do que quando jogo. Prefiro estar no campo, é a minha praia (risos)  Nervoso? Saio da Academia, vou para a universidade, tenho aulas e está feito. Se não conseguir ir tento acompanhar à distância com o que os professores colocam na plataforma e a partir daí tentar estudar e fazer o máximo que conseguir. Vai ser um bom desafio. Quero focar-me no futebol, mas como gosto mesmo de treinar e perceber o porquê de fazer os exercícios a universidade ajudar-me a perceber. Nunca tive nada grave [lesões], mas nunca se sabe o dia de amanhã. O futebol não é para sempre, temos de ter um plano B", explicou, à Sporting TV, que o acompanhou na sua primeira ida à FMH.

A importância dos estudos "sempre foi incutido" a João Simões pela família, nomeadamente "mãe, pai e o irmão". E tal como nos relvados, motivou até... competição. "O meu irmão mais velho sempre foi o meu exemplo, teve um percurso parecido ao meu. Queria ser sempre melhor do que ele na escola. No segundo ciclo tirei melhores notas que ele, no terceiro vim para o Sporting e comecei ir à Seleção e faltava um bocado à escola. Não baixei notas, mas ele tinha melhores. Ele tinha 18's, 19's e 20's e eu 15's, 16's e às vezes um 18. No 12º comecei a estar mais na equipa A e baixei um bocadinho", admite, detalhando a ajuda diária que recebe dos pais: "Eles costumam ir ver os jogos a Alvalade e levam-me à Academia, porque depois dos jogos durmo sempre na Academia. Quando jogo bem dizem-me 'boa, parabéns. Agora amanhã há treino'; quando jogo menos bem dizem que "amanhã há treino na mesma, é um novo dia para trabalhar e melhorar". Sei que quando faço bem a responsabilidade aumenta. Mas eles nem falam muito do futebol, perguntam-me outras coisas, como por exemplo como está a casa, porque agora vivo sozinho. Começo a ver o dinheiro a sair do bolso e começa a custar... (risos)".

O seu Sporting foi, claro, igualmente fundamental na sua caminhada até à universidade, nomeadamente os vários supervisores que o clube tem, sempre disponíveis para ajudar mesmo quando o centrocampista chegava mais... mal humorado. "Os supervisores do Sporting sempre nos incutiram a importância da escola. Nas aulas eles notavam que podíamos chegar mais cansados mas davam-nos o apoio necessário para termos um bom aproveitamento. São muito importantes na nossa carreira. Eles diziam que eu era rabugento (risos). Eu não gostava muito de falar nas aulas, falava mais com o meu colega do lado. Às vezes chegava mal humorado", confessou.

Apesar de ser ainda jovem, o internacional português sub-19 revela que já dá conselhos aos atletas mais jovens da formação. "Digo-lhes para nunca se esquecerem da escola, dá-nos ferramentas importantes para o futuro e para o sucesso no futebol. Sabemos da dificuldade que é ser jogador de futebol, nem todos chegam lá. É bom ter um plano para depois. É uma carreira curta. Os miúdos devem-se focar nisso e ouvir os pais e professores. Posso ser um bocado duro com alguns, mas é para os ajudar porque foi o que me fizeram a mim. Digo-lhes para fazerem valer a pena. Quanto a mim, não podia pedir algo melhor. Equipa A do Sporting, casa, carro, família tudo bem... Não posso pedir mais nada", atirou.

Antes da estreia em Anatomofisiologia 1, João Simões garantiu que iria entrar na aula como entra em campo. "Tenho de fazer valer a pena. Hoje estou cá mas para a semana não sei se consigo por causa da Champions... É aproveitar ao máximo o tempo que estou cá!", sublinhou.

Por Ricardo Granada
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