O central assume que é um jogador que gosta de ter bola e assume que pretende melhorar o seu jogo de cabeça
Diomande é um dos nomes do momento em Alvalade. Oriundo do Mafra, o central tem mostrado uma maturidade acima da média para os seus 19 anos e já contabiliza 7 jogos na equipa principal apesar de só ter chegado no final de janeiro. Numa extensa entrevista ao jornal Sporting, o defesa revela as suas primeiras impressões e reconhece que ainda tem margem para melhorar.
Começando por revelar-se "muito feliz" por ter assinado pelo clube leonino, o jogador começa por destacar a forma como foi recebido. "Foi muito entusiasmante e todos me têm ajudado muito. Este é um bom grupo e já me sinto como em casa. Claro que no início foi difícil com as questões mais tácticas, porque é muito diferente daquilo que já fiz. Tive de aprender e continuo a fazê-lo, mas sinto-me muito apoiado também pela equipa técnica e sei que posso continuara melhorar", assegura o jovem que como é natural dos sete jogos disputados destaca a noite mágica em Londres quando os leões eliminaram o Arsenal na Liga Europa.
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"Foi um jogo entusiasmante. Sabíamos que o Arsenal estava muito bem, no aquecimento ouvíamos os adeptos a cantar... Foi algo novo para mim, só pensava: ‘uau!’ Quando o jogo arranca, tento sempre começar com confiança, fazer bem os primeiros passes. Essas primeiras bolas são sempre importantes e acho que joguei com essa confiança depois. Foi um grande jogo, ganhámos no Emirates Stadium, e para mim foi como um sonho", disse.
As memórias de Londres vão ficar marcadas para sempre, mas o primeiro grande impacto na carreira de Diomande foi o clássico com o FC Porto, em Alvalade. "Nunca tinha jogado num clube com um estádio tão grande e com tantos adeptos. Quando entrei contra o FC Porto, na primeira vez que joguei em casa, foi um sonho tornado realidade. Foi diferente de tudo o que já vivi. No início senti um bocadinho mais de pressão quando tinha a bola, mas depois fui-me sentindo confortável para jogar o meu futebol", acrescentou o defesa que mostrou vontade em continuar a evoluir: "Eu sou um jogador
capaz de entregar bons passes, gosto de ter a bola e defensivamente acho que sou bom na antecipação. Gosto muito de fazer bons passes, mas claro, defensivamente, também fico feliz quando faço um bom carrinho. Tenho a consciência, sobretudo, de que tenho muita coisa a melhorar e é isso que procuro fazer, primeiramente, aspetos mais tácticos, relativamente à linha defensiva, por exemplo. Estou muito focado nisso, porque é muito importante. Acho que assim serei um jogador bem melhor. Além disso, também quero melhorar o meu cabeceamento para marcar golos".
Admitindo que está habituado ao esquema de três centrais que também é utilizado no Mafra, o jovem lembra que no anterior clube era utilizado "no meio", e mostra-se disponível para aprender com os colegas mais experientes. "Com o Coates acho que posso aprender muito defensivamente,
principalmente no posicionamento. Ele tem falado muito comigo para me ajudar. Por exemplo, o
Jer (St. Juste), que é o mais rápido, é alguém com quem tenho uma boa relação e falamos muito dentro e fora de campo. Acho que posso aprender um bocado de todos eles", sublinhou o central que também destacou o trabalho de Rúben Amorim: "O treinador confia em mim, está a tentar ajudar-me dentro e fora de campo e sinto-me muito confortável aqui. É um treinador que gosta de ter a bola, eu também gosto, por isso senti logo que estava no sítio ideal. Posso estar a jogar bem, mas tenho de continuar a evoluir, sei disso. Tento ter sempre isso em mente e vou dar o meu melhor para deixar toda a gente satisfeita".
Aos 19 anos, Diomande também anseia em chegar à seleção principal da Costa do Marfim, e acredita que a transferência para o Sporting o pode ajudar. "Jogar pela selecção do meu país é um dos meus sonhos. Um dia chegará o momento, mas primeiro tenho de continuar a trabalhar", confessa o atleta que já cumpriu a primeira parte do seu sonho que foi chegar ao futebol europeu: "O FC Olympic Sport Abobo tem sempre lá muitos olheiros a ver os jogadores. Eu sabia que se jogasse bem e me mostrasse um dia podia vir para a Europa. Sempre tive esse objetivo na cabeça".
Do frio da Dinamarca para MafraDiomande acabou por alcançar o seu objetivo ao assinar pelo Midtjylland em 2021/22 e, apesar de reconhecer que iniciou aí a concretização do seu sonho, admitiu algumas dificuldades de adaptação à Dinamarca. "No início foi difícil pois era muito frio. No entanto, deram-me uma família de acolhimento e podia estar com eles e fazíamos refeições juntos, por exemplo. Era a minha casa e sei que se amanhã quisesse ir lá, ia ser muito bem-recebido por eles. São a minha família dinamarquesa e ajudaram-me imenso", reconhece o reforço leonino que ainda recorda os primeiros passos dados no futebol europeu: "Comecei por jogar na equipa sub-19 e também na UEFA Youth League. Foi uma boa experiência para um jovem e tanto eu como a minha família estávamos felizes. Pude melhorar, sobretudo, o meu entendimento táctico. Depois dos jogos, por exemplo, ajudavam-me a melhorar mostrando-me vídeos, por exemplo. Esta é uma das grandes diferenças que senti entre a África e a Europa. Há muitos jogadores africanos que têm essas dificuldades relacionados com os aspetos mais tácticos, a concentração em todos os treinos e perceber bem aquilo que o treinador quer. No ano seguinte ainda fiz a pré-época com eles, ainda pensei que pudesse jogar pela equipa principal, mas sentiram que ainda não estava pronto e fui emprestado ao Mafra".
Admitindo que chegar ao Sporting foi "o melhor momento da sua carreira", o jovem admitiu que a sua principal dificuldade é estar longe da família. "Aqui em Portugal gosto de ficar por casa. Faço-o sempre à tarde, depois dos treinos de manhã, para aproveitar o dia para descansar, ver um filme ou estar no telemóvel. Falo muito com os meus pais, a minha família e amigos. Todos os dias, basicamente. É difícil estar longe, mas é normal na vida de um futebolista. Percebo isso e sei que um dia vou voltar a estar com eles e será um grande momento. Eles estão todos na Costa do Marfim. Tenho quatro irmãs e um irmão, eu sou o segundo mais novo. Os meus pais estão sempre a ligar-me, querem saber como está a correr tudo, o que faço durante o dia... São os meus maiores fãs", revelou.
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