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13 setembro

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Frederico Varandas: «Sporting vai continuar a vender e os nossos rivais também»

Presidente mostra-se confiante no projeto leonino a curto/médio prazo

• Foto: Toni Dias

Frederico Varandas não esconde a satisfação com o caminho que o Sporting tem vindo a trilhar. As contas estão equilibradas, os sócios estão a regressar e o clube "tornou-se estável", segundo explica o presidente dos leões no âmbito do Thinking Football Summit 2023. O futuro - com Rúben Amorim ao leme da equipa - é risonho, mas deixa um aviso: o Sporting vai continuar a vender jogadores.

Diferença em cinco anos de presidência

"É incomparável. Somos um grande, como sempre fomos, mas passámos a ser fortes desportivamente. Também a nível estrutural tornámo-nos mais fortes e saudáveis financeiramente. Isto foi alcançado porque o Sporting adquiriu uma condição essencial: estabilidade. O Sporting tornou-se um clube estável e não há melhor prova dessa estabilidade do que a forma como o universo Sporting reagiu ao 4.º lugar da época passada, esgotando, pela primeira vez, a venda das gameboxs. Estamos a atingir o número de 100 mil sócios com quotas em dia - há cinco anos andávamos nos 80 e pouco mil - e estamos ano após ano a bater recordes em todas as linhas de negócio. Isto é a prova, para o adepto e sócio, que muito mais importante do que um resultado desportivo numa época é o projeto, o caminho que o Sporting está a fazer. E é um caminho - falo para os sportinguistas - assente nos valores, na integridade, na transparência e no saber estar. Isso para o sportinguista vale mais do que a vitória ou a derrota.

É trabalho feito por si?

"É nosso trabalho. Quando falo da estabilidade, o Sporting é o que é hoje graças aos meus colegas do Conselho Diretivo e graças aos sócios do Sporting, que zelaram pela estabilidade para percorrer este caminho."

Conjugar o sucesso desportivo com o sucesso financeiro.

"Foram anos muito positivos, com sucesso desportivo. Hoje o Sporting é mais clube e está mais preparado estruturalmente do que em 2021 quando foi campeão. Sporting continua a crescer e isso deve-se ao ponto de equilíbrio entre finanças e sucesso desportivo. É algo inseparável. Não existe equilíbrio financeiro sustentável se não houver sucesso desportivo, como também ter sucesso desportivo sem equilíbrio financeiro será uma questão de tempo até aparecer o insucesso desportivo."

É difícil gerir essa dicotomia?

"Não, e essa é a diferença entre ser adepto ou dirigente. Custa ao sócio ver a venda de um jogador favorito mas nós fomos claros desde o dia 8 de setembro de 2018. O nosso compromisso é com o clube, aceitei uma missão por amor ao meu clube. Respeito todas as opiniões dos sócios mas vou sempre fazer o que entendo ser melhor para o clube. Depois, os sócios, que são os donos do clube, no final do mandato julgarão com toda a legitimidade o nosso trabalho."

Fórmula para conseguir esse equilíbrio nas contas?

"Além do sucesso desportivo - e tenho de agradecer estar rodeado de pessoas super competentes na área desportiva, o [Hugo] Viana -, ter pessoas brilhantes na área financeira, como [Salgado] Zenha e André Bernardo. Tudo se torna mais fácil. Mas uma das razões foi nunca nos desviarmos do plano delineado. Hoje tivemos mais uma prova, com o resultado do exercício de 2022/23, na linha do anterior. Conseguimos, passados seis anos, ter novamente capitais positivos e a bater recordes ao longo destes anos, com o maior volume de negócios da SAD (222 M€). É sinal do crescimento e temos dois pontos importantes: o facto de termos reforçado a participação do clube na SAD e bater novamente todos os recordes de negócio da empresa, como bilhética, merchandising. Ano após ano, batemos os recordes anteriores e isto é prova do crescimento. É o que faz depois termos mais capacidade para investir e que os sócios fiquem menos chateados quando tivermos de vender algum jogador."

É fácil para um clube português não vender e contratar?

"Não, o Sporting vende e vai continuar a vender. E quando digo o Sporting, posso falar em nome dos meus dois rivais, que também terão que o fazer. Quando temos receitas operacionais que são a realidade de Portugal e comparamos com os mercados com que competimos na Champions e Liga Europa, são incomparavelmente menores. Onde compensamos? É ir fazer receitas extraordinárias. No dia em que não quisermos receitas extraordinárias, é o dia em que abdicamos de competir."

Qual é o peso de Rúben Amorim no projeto?

"Qualquer treinador é peça-chave de um projeto desportivo. E Amorim é a peça ideal e chave do nosso projeto desportivo. Muito se falou de o Sporting estar a corrigir erros do passado... Mas o que mudou foi a nossa capacidade de investir. Basta recordar o mercado de 20/21, em que o Sporting foi campeão, e fomos buscar Nuno Santos, Pote, Feddal, Adán, tomámos decisão de regressar Palhinha. O que mudou foi que tivemos capacidade para investir de 20, 18, 10 M€. Isso hoje faz-nos mais fortes mas sempre com a mesma racionalidade de investimento de 2019. Sem nunca colocar em risco o Sporting. Ninguém gosta de vender mas o objetivo do Sporting é potenciar e valorizar. O produto Sporting é altamente reconhecido na Europa. Bruno Fernandes correu bem, Palhinha, Porro, Ugarte. A saída é inevitável. Temos é de evitar a saída de jogadores importantes a custo zero."

O que é o projeto desportivo do Sporting para o futuro?

"Hoje o Sporting compete no campeonato para terminar entre os dois primeiros, compete para ganhar todos os títulos nacionais e para repetir as duas belas épocas europeias. Cresci em décadas difíceis de Sporting, onde esporadicamente vencia títulos. Este ano, estamos muito fortes competitivamente e com a onda verde seguramente vamos lutar por todos os títulos nacionais."

Por Record
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