Médio traçou perfil (que o agradou) do técnico do Sporting, destacando os primeiros passos de leão ao peito
Morten Hjulmand chegou a Alvalade com o papel de ser sucessor de Manuel Ugarte no meio-campo do Sporting, uma tarefa na qual tem vindo a evoluir sob o olhar atento de Rúben Amorim. O médio dinamarquês foi um pedido expresso do técnico de 38 anos, que tem tido impacto nesta aventura do nórdico nos verdes e brancos. Em entrevista à Sporting TV, Hjulmand não poupa elogios ao seu timoneiro, destacando a exigência que Amorim passa aos jogadores.
"O treinador Rúben Amorim gosta muito de tática. Por isso, as ideias dele são muito claras para cada jogador e a forma como ele quer a equipa jogar. Penso que isso se nota. Eu pude ver isso logo com o Vizela, quando cheguei, a forma como o treinador quer jogar. É importante para uma equipa e para um jogador saber o que o treinador pede. É muito claro para todos nós", começou por assumir o médio de 24 anos, antes de revelar os conselhos que já recebeu do técnico.
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"Eu penso que a tua atitude é o aspeto mais importante para o treinador. Que ele possa ver que mesmo não fazendo o melhor jogo com bola, ou seja, mesmo falhando alguns toques ou passes, que ele possa sentir que estás pronto para ajudar a equipa, que vais correr os metros que tens de correr, que vais lutar por cada bola, e depois ele vai ver como estás a jogar tecnicamente. Mas, claro, os aspetos físicos e táticos são dois aspetos para os quais ele olha com muita atenção. Ele exige muito. Mas ele disse-me logo que essa era uma das coisas que os jogadores mais gostavam nele. Que ele exige muito aos seus jogadores, é o tipo de treinador que ele é, e é preciso aceitar isso, porque é ele que toma decisões em campo, sobre quem vai jogar, e é claro que queremos jogar. Por isso, sim, essa é uma das coisas que ele gosta de fazer e nós temos de aceitar", apontou o internacional dinamarquês, ciente também do legado que outros médios-defensivos, tais como Palhinha e Ugarte, deixaram recentemente em Alvalade: "Sei que antes de mim passaram grandes jogadores pela minha posição, mas acredito em mim e acredito que posso fazer a minha melhor época e mostrar que posso jogar no Sporting."
Além disso, partilhando ainda o mérito da liderança de Amorim por toda a equipa técnica que auxilia o treinador de 38 anos - "vai dizer-nos quando não está satisfeito connosco e quando está satisfeito", admitiu -, Hjulmand garante que sente uma evolução nestes 4 meses ao lado de Rúben. "Pessoalmente, sim. Sinto que evoluí. Foi difícil no início, porque a maneira como se joga futebol em Portugal e em Itália… São dois mundos diferentes, por isso, claro que precisei de algumas semanas, alguns meses, para adquirir a forma física necessária para jogar neste sistema. Falando do plano físico, sim, tive de melhorar. Mas a forma como se joga aqui em Portugal também é diferente do ponto de vista técnico, por isso também tive de melhorar nisso. Tive de melhorar essas duas dimensões, física e técnica, e penso que o consegui. Mas, claro, penso que posso fazer muito melhor", sublinhou.
De resto, o próprio médio deixa claro qual é, na sua perspetiva, o segredo para o sucesso atual do Sporting: a união do grupo, que vê como "uma família" e o facto de ninguém se colocar em 'bicos de pé'. "Aqui temos o sentimento de que ninguém pode estar acima do grupo. Mencionou o facto de os treinadores exigirem muito, mas também é importante que os jogadores sejam exigentes com eles próprios e com cada um, para jogar melhor, para estabelecer mais objetivos e para os atingir. Também é importante que os jogadores sejam exigentes com eles próprios", garantiu.
Estreia com Casa Pia e vitória marcante diante do FC Porto
Ao recordar os primeiros passos de leão ao peito, Hjulmand não esquece a sua estreia no campeonato, a qual sucedeu na visita ao Casa Pia, e que serviu de amostra para o médio relativamente ao que seria o futebol em Portugal.
"Claro que foi especial fazer a minha estreia por um clube como o Sporting. Foi um grande momento para mim entrar nesse jogo e conseguir uma vitória. Lembro-me do meu primeiro jogo no Casa Pia. Fiquei surpreendido com o Casa Pia, uma boa equipa. Mesmo quando jogámos na Taça contra equipas mais pequenas, vimos que têm jogadores de qualidade. Acho que é um país/liga muito sobrevalorizada. Existem muitos bons jogadores aqui. Por isso é que vemos na Europa tantos jogadores que começaram em Portugal e depois foram para clubes maiores. A Liga surpreendeu-me. Todos os jogos são difíceis neste campeonato. Por isso é que precisamos que o grupo continue unido, porque por vezes não vamos estar tão bem mas mesmo assim temos de ganhar. Tal como aconteceu na 2ª parte com o Vizela, em que, apesar de termos sofrido dois golos, o Paulinho marcou e vencemos", explicou.
Na realidade, em relação ao encontro com o Vizela, Hjulmand assistiu a esse duelo a partir da bancada e nem por isso sofreu menos. Bem pelo contrário... "Sim, na bancada sofre-se muito mais. Na primeira parte estava muito feliz porque fizemos uma excelente exibição. Nos segundos 45 minutos sofremos aqueles 2 golos mas, apesar disso, a equipa foi capaz de chegar ao golo da vitória no último minuto. Isso mostrou a mentalidade da equipa. Por isso, estava nervoso, claro, porque esperava que não perdêssemos pontos no primeiro jogo. Portanto, foi um grande alívio quando o Paulinho marcou o 3-2 da vitória. A melhor palavra para definir o que senti é felicidade", assumiu.
Ao longo da entrevista, Hjulmand reiterou o sentimento de felicidade por se encontrar ao serviço do Sporting e, olhando aos jogos mais recentes, não deixou de destacar o triunfo no clássico contra o FC Porto. "Taticamente, foi um dos nossos melhores jogos, mas claro que exigimos sempre mais a nós próprios. Queremos melhorar ainda mais para sermos uma equipa melhor e para ter exibições perfeitas. Claro que isso é difícil, comete-se sempre erros, mas é por isso que tentamos melhorar. Em termos coletivos, temos um bom grupo. Pela forma como jogamos e pela intensidade que colocámos até agora na época, mostrámos que tipo de equipa somos em Portugal, mas também na Europa. E mostrámos o quão grande como clube é o Sporting", admitiu acerca do clássico que deixou os leões na liderança isolada da Liga.
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