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22 outubro

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João Pereira é o lateral que dá sempre a volta por cima

Foi dispensado pelo Benfica, mas conseguiu chegar a Alvalade e à Seleção; acabou mal em Valencia e voltou a Portugal para reencontrar Jesus...

João Pereira
João Pereira • Foto: Bruno Colaço

João Pereira é um lateral à José Antonio Camacho que já ganhou um título internacional com Jorge Jesus; ou um médio que se afirmou como lateral-direito de Portugal e foi capaz de roubar a titularidade a Geovanni, no Benfica; mas também pode ser um jogador que não agrada a treinadores que já estiveram ou estão ligados ao Valencia. A carreira do mais recente reforço do Sporting está pontuada por muitas e grandes mudanças e o seu perfil, que não deixa ninguém indiferente, tem-lhe valido bons resultados, mas também alguns acidentes de percurso. Até agora, tem dado sempre a volta por cima.

João Pereira reencontra em Alvalade o treinador Jorge Jesus, com quem trabalhou no Sp. Braga, em 2008/09, depois de ter protagonizado a sua primeira reascensão na carreira. E com ele ganhou a Taça Intertoto. Depois de duas épocas a ganhar espaço no Benfica e de acabar cedido ao Gil Vicente, em 2005/06, Pereira mostrou a fibra de que era feito.

A agressividade e rapidez, conjugadas com a vontade de chegar à linha de fundo, convenceram o treinador José Antonio Camacho - um dos mais fiéis representantes da "fúria espanhola", vice-campeão da Europa de seleções em 1984, capitão do Real Madrid - a dar-lhe a titularidade no Benfica, aos 20 anos, muitas vezes em detrimento do brasileiro Geovanni, ex-Barcelona. Eram os tempos em que jogava como médio-ala.

Giovanni Trapattoni manteve a confiança no jovem raçudo que descia o flanco direito e permitiu que fosse campeão nacional, em 2004/05, com participação relevante na campanha. Até que chegou Ronald Koeman e o dispensou ao Gil Vicente, a meio de 2005/06.

Já fixado como lateral-direito, João Pereira voltou a dar a volta por cima, em Barcelos, e transferiu-se para o Sp. Braga por mérito. Ganhou influência e chegou a titular indiscutível, ao ponto de ganhar direito à internacionalização na seleção principal de Portugal. O selecionador Paulo Bento deu-lhe o lugar que era de Bosingwa e ele agarrou-o com força.

Voltar a jogar num grande foi questão de tempo. O Sporting bateu-lhe à porta no mercado de inverno, em 2009/10. O estatuto de futebolista de topo estava consolidado. José António Camacho e Trapattoni não se haviam enganado.

Em duas épocas e meia, no Sporting, fez 105 jogos e marcou seis golos. O seu valor de mercado disparou, tornando-se num dos únicos ativos a permitir ao clube a realização de mais-valias. Em Alvalade, os sucessivos treinadores com quem trabalhou - Carlos Carvalhal, Paulo Sérgio, José Couceiro, Domingos Paciência e Sá Pinto - não dispensaram a sua participação na equipa titular. E no verão de 2012 apareceu naturalmente o Valencia com 3,7 milhões de euros para o contratar aos leões.

Os 74 jogos feitos pela equipa espanhola, em duas épocas, acompanhados da contínua participação na Seleção Nacional, mostraram um lateral na plenitude das suas capacidades. Até o português Nuno Espírito Santo chegar ao comando técnico da equipa che. Em final de contrato, João Pereira foi colocado de parte e não mais jogou. Perdeu igualmente a titularidade na Seleção.

Depois de Ronald Koeman, que a seguir ao Benfica viria a treinar o Valencia, o lateral voltou a não ser feliz com um treinador... no Valencia. Aos 31 anos, após uma época em descanso, apenas com cinco jogos feitos no Hannover da Alemanha, Jorge Jesus achou que pode ser ele o dono do flanco direito, na defesa do Sporting, reconhecendo-lhe perfil de jogador com estatuto internacional.

Época a época 

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