"Aumentámos a massa salarial para valores excessivos", apontou...
O candidato da lista C, José Couceiro, fala num "ciclo vicioso" em que o Sporting entrou e onde se cometeram "vários excessos" que não devem continuar.
"Quem é candidato à presidência tem de ser responsável. Por isso tive de conversar com os credores. Mas não estabelecemos todos os contactos. O Sporting prometeu sempre um ciclo virtuoso e entrou num ciclo vicioso. Aumentámos a massa salarial para valores excessivos. Não há condições para ter uma conta de exploração equilibrada e, por isso, o clube perdeu credibilidade no mercado.", começou por dizer o candidato, de 50 anos, em declarações prestadas durante o debate ocorrido esta terça-feira, na SIC Notícias.
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"O Sporting está numa situação crítica. Não podemos aumentar o capital, nos moldes em que são feitos. Quando admito a perda da maioria do capital este faz-se com um acordo parasocial. Não podemos deixar que o Sporting fique prejudicado, se isto for tomado de forma excessivamente liberal.", adiantou depois, revelando que os investidores a entrar no clube são "estrangeiros":
"Investidores são estrangeiros. Mas o importante é que haja capital e não saber quem são, de forma a ultrapassar esta situação. Não é a nacionalidade da operação mas sim a sua credibilidade. Nesta negociação, temos de alargar os prazos e a banca sabe disso. A banca é um parceiro. Se entrarmos em insolvência, todos perdem. A UEFA quer um grande exemplo e, de todos os que estão debaixo da alçada, o Sporting é muito maior. Os sócios saberão aquela que é a melhor solução. O ideal é dispersão de capital, pois continuamos a ser maioritários. Mas num quadro difícil temos de falar a verdade e, por isso, há essa possibilidade de perder a maioria, mas a AG é soberana."
Gestão desportiva
Couceiro criticou a forma como foi gerido o futebol leonino nos últimos anos: "Sporting é um clube desportivo e esta crise tem origem numa péssima gestão desportiva. Neste momento é a principal causa da situação. É aí que podemos melhorar. Cada um de nós tem um plano de reestruturação para o Sporting".
O candidato da lista C apontou ainda o dedo a Godinho Lopes: "É grave vender ativos para pagar dívida. Isso não dá ao Sporting a capacidade que o clube necessita para ser o que pretendemos. Não admito ser subalterno. Moutinho não pode ir para um rival direto e antes podia ter ido para outro clube", disse, lembrando depois a fase em que foi treinador do Sporting:
"Restam dois jogadores desde que saí, Rui Patrício e Cédric. Para ter a nossa identidade e sucesso, é preciso uma estrutura identificada connosco. Não é dizer que vamos apostar na formação, é ter uma estratégia. A cadeia de produção está a ter falhas. Sabendo o Sporting o mercado em que está inserido, temos de perceber que é preciso manter a unidade da equipa mas perdendo jogadores de maior potencial. O difícil é criar esta estrutura. É fácil chegar com vassoura mas sem "know-how". Eles têm de ganhar o seu próprio espaço. Nesse ano, em que ficámos em 3.º, tínhamos o Tiago, o Carriço, que sentia o Sporting, entre outros."
Treinador
Couceiro revelou que irá falar com Jesualdo Ferreira no dia 24, caso seja eleito presidente do Sporting: "Só deverá ter conversa com Jesualdo quem for eleito mas todos estamos satisfeitos com evolução recente. Quando formos eleitos vamos ter uma conversa. Mas há confiança nele. Ele também tem de mostrar vontade em ficar e faz parte do projeto. Temos alterado constantemente as lideranças e é preciso estabilidade. Treinador tem de ter estabilidade."
Modalidades
Para José Couceiro, arranjar uma casa para as modalidades é o primordial: "Temos de apostar em todas as modalidades, mas é fundamental ter capacidade para arranjar o nosso pavilhão."
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