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13 setembro

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José Dinis: «O meu filho é uma força da natureza»

José Dinis: «O meu filho é uma força da natureza»
José Dinis: «O meu filho é uma força da natureza» • Foto: Ilhapress/Hélder Santos

José Dinis Pereira Aveiro, “roupeiro” do CF Andorinha, é o pai do jovem talento Cristiano Ronaldo. Na Madeira, todos o conhecem e brincam com o facto de o filho estar no Sporting. “Dizem-me na brincadeira, quando não joga ou as coisas não saem tão bem: ‘Vê lá se ainda vai ser emprestado ao Andorinha’”, conta.

O nome de Cristiano Ronaldo tem uma 'história': “Quando nasceu, ficou combinado entre mim e a mãe que cada um escolhia um nome. Ela escolheu Cristiano e eu, como na altura o presidente norte-americano era o Ronald Reagan, decidi que seria Ronaldo.”

José Dinis não vai a Lisboa há seis anos, mas a passagem para a capital já está nas suas mãos. Segunda-feira parte com familiares e espera estar com o filho. “Vou a Lisboa e gostava de o ver com o Belenenses. Espero que seja convocado.”

Questionado se sabia que o filho teve algum problema de saúde, foi claro: “Nunca. Uma vez, num treino, sentiu-se mal, pois era muito jovem e tinha grande carga de treinos. Fez exames mas estes nada detectaram. Tem saúde e força até de mais! O meu filho é uma força da Natureza. Não viram contra o Moreirense?” Quem não viu o jogo em directo foi o próprio pai do jogador. “Vi o resumo, pois estava no Andorinha até tarde e acompanhei o jogo pela rádio.”

Como funcionário do Andorinha levou muitas vezes o filho para o clube. Isso ajudou ao 'vício'. “Desde muito novo só via uma bola de futebol à frente. Era de manhã à noite e todos diziam que tinha muito jeito. Seguia os seus jogos, pois tinha lugar reservado na carrinha do Nacional.”

José Dinis só quer uma coisa: “Espero que tenha bom futuro e continue a crescer como pessoa e jogador. Não quero ser famoso por ser pai dele, mas sim que chegue o mais longe possível à custa do seu trabalho.”

Talhinhas - ex-treinador

Ainda como infantil, Cristiano Ronaldo já jogava nos iniciados. Um dos seus primeiros treinadores no Nacional foi o professor Talhinhas. "Jogou sempre no escalão acima e não tinha medo de estar com os mais velhos. Tinha qualidades acima da média. Era bom tecnicamente e tudo lhe era fácil. Zangava-se com os erros dos outros quando não conseguiam fazer as coisas bem.”

Solução? "Explicava-lhe que não podia reagir assim. Mais calmo, pois a conversa tinha de ser após os jogos e os treinos, reconhecia que agira mal.” Talhinhas sempre teve esperança no ex-pupilo. "Muito veloz, com entrega total ao futebol, o seu pé direito era tão bom como o esquerdo. Não havia dúvidas de que podia sair dali um grande jogador."

António Mendonça - ex-treinador

António Mendonça foi outro dos treinadores nos primeiros passos de Cristiano Ronaldo. Após observações nos jogos que fazia pelo Andorinha, este técnico ficou convencido. "Vi-o jogar no Andorinha e indiquei o seu nome aos responsáveis do Nacional. Era impressionante a velocidade de execução, perfeita para um miúdo", relembra.

Já nessa altura, "Ronaldo queria fazer tudo dentro de campo. Por sua vontade, fintava todos os adversários levando a bola de uma baliza à outra e só parava marcando um golo. Sempre foi um miúdo traquina, mas com matreirice acima da sua idade, pois jogava muitas vezes com adultos. Assim, tudo era fácil para ele no campo."

Dividido entre os familiares e a Imprensa

Cristiano Ronaldo realizou óptima actuação com o Moreirense e apontou dois golos, o primeiro num lance memorável pelo primor da execução. Ontem, o dia seguinte aos históricos episódios para o jovem avançado, o leão dividiu atenções entre a família e a Imprensa. Depois da vitória frente à equipa nortenha multiplicaram-se as felicitações de amigos e familiares, enquanto as notícias do dia colocavam o futebolista como herói da noite de Alvalade.

Com tudo diferente em função de nova demonstração categórica de qualidade por parte de Cristiano Ronaldo, nada mudou, até porque o interesse jornalístico já existia face às expectativas geradas por anteriores exibições.

Não gostando de jogar de costas para a baliza, pois aprecia estender a sua influência aos flancos, onde goza de maior liberdade ao mesmo tempo que aumenta a amplitude do seu futebol e a participação no jogo colectivo, o jovem trepou mais um pouco da montanha que é a carreira de jogador.

Figo, Ronaldo, Zidane, João Pinto e Henry, espécie de galeria de imortais onde o menino madeirense identifica sagrados segredos do talento supremo, também tiveram os seus tempos de promessas. Cristiano está só a cumprir as suas com os sobressaltos próprios dos imprevisíveis.

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