Decorre mais uma sessão no Tribunal de Monsanto
17h46 - Sexta-feira de manhã falam Eduardo Nicódemes e Ricardo Neves. À tarde testemunha Bruno de Carvalho.
17h46 - Termina a sessão.
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17h45 - Rocha Quintal, advogado de Mustafá, voltou a pedir a redução da medida de coação, para uma medida não preventiva de liberdade. O tribunal pediu ao Ministério Público para se pronunciar após a prova ser finalizada, na próxima sexta-feira.
17h40 - E continua: "Traído, desiludido. Um dia, se Deus, quiser irei saber o que se passou. Isto foi um trabalho de 10 anos. Agora veja-se a situação. Cai um presidente, metem lá outro. A minha maneira de rever isto aqui, estes meses todos a pensar, refletir, há aqui uma coisa que… a única forma de tirar Bruno de Carvalho do Sporting era associá-lo a Alcochete. Tinha de dizer isto."
17h34 - "A minha filha também esteve 15 dias sem ir à escola, diziam que o pai é um traficante. Os miúdos não têm culpa. Quem tem culpa são os pais. Isto não é justiça", clama.
17h33 - Mustafá chora ao falar sobre a "injustiça da prisão preventiva" que lhe foi aplicada, depois de 7 meses em apresentações periódicas.
17h22 - Diz Miguel Fonseca que, durante o debate instrutório, foi prometida liberdade a 3 arguidos, se o entregassem a ele [Mustafá] e ao presidente. "E agora enquanto está em prisão preventiva, alguém lhe ofereceu liberdade se entregasse o presidente?", questionda o advogado. A juíza dá como encerrada intervenção de Miguel Fonseca.
17h21 - Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho, faz agora perguntas.
17h15 - A Juve Leo era o braço armado de Bruno de Carvalho? "Não, não. Somos o braço armado do Sporting. Não somos o braço armado de nenhum presidente. Respeito todos os presidentes", responde.
17h14 - Mustafá responde agora às perguntas de Miguel Coutinho, advogado do Sporting.
16h57 - Sobre a invasão à Academia do Sporting, diz Mustafá: "Tirando o que se passou com os jogadores, aquela barbaridade que foi feita, eu sou a pessoa mais prejudicada. E a Juventuve Leonina. Isto acabou com o meu trabalho. Se tinham 3 mil elementos, agora tenho uns 700, 800. Destruiu o meu trabalho. Isto é tudo muito estranho, a maneira como isto aconteceu."
16h52 - "São nove meses em que isto é demais. Uma pessoa quando faz, faz. Eu não sou santo nenhum", acrescenta.
16h50 - Mustafá reclama sobre a medida de coação que lhe foi aplicada. "Sou a única pessoa em Portugal presa por 14 gramas (de cocaína) sem investigação O julgamento está quase a acabar? Acaba sexta-feira?
Vou-me embora sexta feira?" "Não", responde a juíza. Os advogados riem. A juíza pergunta se tem piada. "Não vejo piada", diz ela. "Eu também não", diz Mustafá.
16h27 - Valter é amigos dos casuais? "Por isso é que se calhar o Valter está aqui. Ele era uma aposta minha para o futuro da Juventude Leonina, deu um passo maior do que a perna, quis pensar pela cabeça dele. Chegou a um ponto em que havia um clima em que ele quis seguir o seu caminho. Era mal empregado. O staff tinha uma aposta naquela equipa e depois cada um escolhe o seu caminho. E depois deu nisto e estou eu aqui há 9 meses."
16h25 - O que é isto dos Casuals, pergunta juíza Sílvia Pires. "Já tive vários problemas com casuais. A Juventude Leonina não se identifica com essa ideologia. Os casuais compram gamebox e vão para ali. Casuais têm uma maneira de pensar em que resolvem as coisas com confrontos. Têm uma mentalidade de hooliganismo. Vivem no mundo deles. Eu e a minha direção somos contra isso. É um problema que tive, desde expulsão da bancada, com violência. Foi uma coisa que tive de varrer da bancada. Tinham uma música racista", conta Mustafá.
16h11 - A juíza pergunta a Mustafá se se sente injustiçado. "Sou o mais injustiçado de todos. Não pode valer tudo." Utilizaram o seu nome? "Não tenho dúvidas disso, por amor de Deus. Não sei como é que o Bocas e o Valter entraram naquilo. É o que ainda hoje me fica na cabeça. Como é que permitiram que aquilo acontecesse e foram naquilo."
16h09 - Sobre o uso abusivo do seu nome nos grupos de WhatsApp. "A explicação que tenho é que por causa dessas mensagens foi o trabalho de 10 anos por água abaixo. Foi um abuso de poder sem o meu consentimento. Nunca esperava isso deles. Não tenho explicação. Soube [do ataque] pela minha mulher, que foi buscar a minha filha e foi-me acordar. A Cristina acordou-me, chamou-me. Vi tudo pela televisão. Um dia vou saber o que se passou mesmo. Ainda não sei. Se alguém está por trás disto, ainda não foi preso. Metade daqueles arguidos não conheço. Ainda hoje estou para saber como é que o Valter e o Bocas (Tiago Silva) entraram naquilo."
16h05 - Mustafá fala agora sobre o telefonema para William Carvalho a revelar que Bruno de Carvalho lhe teria pedido para partir os carros dos jogadores: "É completamente mentira. Não pode valer tudo", disse. "Tal como não falou comigo no dia 15. Disse que falou comigo no dia 15, como é que foi possível?", apontou Mustafá que referiu anteriormente que tinha o telefone desligado.
15h52 - Mustafá fala agora sobre a reunião na casinha, após o jogo em Madrid: "reunião devido a problemas internos da Juventude Leonina. Autocarro partido, carrinhas partidas, dois elementos detidos, um elemento no hospital, foi grave o que se passou em Madrid, de tal forma que só volto na sexta feira, fui um dos últimos a vir de Madrid", relata.
"Samico tomou conhecimento do que se tinha passado. Eu na minha revolta, marquei a reunião para sábado. E no sábado é que recebo o telefonema do André Geraldes a dizer que o presidente (como é que ele soube que havia reunião, não sei) queria ir à reunião. Ainda hoje não sei qual foi o post do Bruno de Carvalho; o meu foco era a Juventude Leonina, estava-me borrifando para os posts, depois é que me inteirei do que se estava a passar. Uma hora e meia, duas horas antes é que disse que o presidente ia lá. Ele, o André Geraldes, o Vasco Santos e o segurança dele. O Bruno Jacinto chegou cinco minutos depois".
"Passei a palavra ao presidente, ele começou a justificar-se. Aquilo nem foi uma reunião, aquilo descambou um bocado ali. No entender do presidente, aquele post não era motivo para tanto… até chegarem a essa conclusão, a arrogância, a maneira como fala com as pessoas, como o bar, ele tinha o pé em cima do bar e dizia que tinha as filhas. Até o Elton estava a dizer, tenho 8 filhos, e você tira o pé de cima do bar, que está aqui há 43 anos. Isto aqui não é o Sporting, é a Juventude Leonina. Nesse dia não sei como é que ele não levou ‘umas pingas ali’. Não levou porque eu não permiti", recorda.
"No meu entender não havia motivo para ir à Academia. Perdemos um jogo com o At. Madrid. Não é uma equipa qualquer. Perder 2-0 não é uma coisa do outro mundo. E eu não tinha noção do que se passava na internet. Na mesma reunião: Houve uma pessoa que perguntou se podíamos ir à Academia. Ficou logo descartado."
15h42 - Já sobre a invasão à Academia, Mustafá refere. "O líder não dá a ordem, nem tem conhecimento". "Nada do que se passou é normal. No dia 15 só acordei para comer a canja da Cristina. Voltei para a cama e só acordei com ela a dizer-me para ir ver o que se tinha passado."
15h35 - Mustafá explica que não foi ao jogo na Madeira: "Há 10 anos que vou à Madeira e vejo o jogo naquele café. É o café dos sócios do Marítimo. E estava ao contrário, com 100 elementos da Juve Leo. Estava a jogar à moeda. Só vejo o Tiago, o Valter. Fiquei no café porque acabei por dar o meu bilhete", refere.
"Já não tinha condições, tinha bebido demais. Já vinha da noite anterior. Desloquei-me para o apartamento. Quando chego, o meu telefone ficou sem bateria".
Mustafá continua: "Aquilo para mim era uma coisa relativa (as imagens da TV). O que me disseram é que foi o Fernando Mendes. Se vai apenas um elemento, não estava uma claque ali. Aquilo passou-se. Só vejo o Fernando. Na segunda-feira, no voo, vi o presidente da mesa da assembleia (Marta Soares)."
"Fernando Mendes disse-se que o Acuña tinha faltado ao respeito e que a mãe dele tinha falecido. O que entendi é que era um problema pessoal dele. Para mim aquele assunto morreu ali, completamente. Não falei com o Samico, não falei com ninguém. Passei ao lado dos incidentes da Madeira", prosseguiu.
15h27 - Mustafá confirma que não esteve na Academia. "Antes estivesse", diz, ao que a juíza responde: "Já sei, toda a gente diz que tinha evitado aquilo tudo."
15h24 - Mustafá assume que "tinha um bom relacionamento com Fernando Mendes", mas esclarece que este "nada tem a ver com o staff e direção da Juventude Leonina". "Só com o merchandising da Juventude Leonina", esclarece.
15h20 - Mustafá começa por reclamar sobre a medida de coação, que considera injusta, no entanto a juíza Sílvia Pires remete-o para os factos da acusação, considerando que as medidas de coação dos arguidos melhores ou piores, estão aprovadas pelo Tribunal da Relação.
15h16 - Antes do depoimento de Mustafá, foi o arguido António Catarino quem prestou declarações:
"Nunca tinha ido à Academia; Nunca pensei que fosse originar o que originou; Queria demonstrar profundo arrependimento pelo que se passou, por ter pensado sequer que tinha direito enquanto cidadão e sócio do Sporting de ir fazer exigências; As maiores vítimas foram os jogadores, foi de lamentar e estou arrependido; aquilo que aconteceu não pode representar o futebol português. Quero pedir desculpas sinceras. Sinto-me profundamente arrependido, estive 14 meses em exclusão. Não desejaria a ninguém. Passei fazes complicadas. O meu avô faleceu e não pude estar presente para ajudar a família. Ele era um ex-jogador do Sporting; A minha família é catolica, a minha mãe passou o dia de natal à porta do estabelecimento prisional", afirmou durante o seu depoimento.
Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá, presta esta quarta-feira depoimento no julgamento do ataque à Academia de Alcochete, a 15 de maio de 2018. O líder da Juve Leo é ouvido no Tribunal de Monsanto esta tarde.
Da parte da manhã da 34.ª sessão do julgamento foram ouvidos Pedro Lara e Valter Semedo.
Recorde-se, Mustafá, juntamente com Bruno de Cavalho e Bruno Jacinto, está acusado de ser o autor moral dos mais de 97 crimes em causa. Mustafá é o penúltimo arguido a prestar declarações, ficando depois apenas a faltar Bruno de Carvalho.
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