JULIAN Kmet quer ficar no Sporting -- "Só preciso de oportunidades de jogar para mostrar que tenho valor", refere --, mas não afasta a possibilidade de ser emprestado. Caso tenha de sair de Alvalade, o médio argentino é peremptório: "Em Portugal não fico. Prefiro rodar na Argentina ou num clube de segunda linha espanhol ou italiano." E acrescenta: "Quinta-feira, o meu empresário está em Portugal e vai conversar com o Sporting. Não tenho, por enquanto, qualquer indicação sobre o meu futuro."
Apesar de apenas ter feito um jogo oficial completo -- frente ao Canelas, para a Taça --, Kmet garante que o objectivo que levou a trocar os argentinos do Lanús pelo Sporting continua vigente. "Quero triunfar em Portugal. Tenho mais dois anos e meio de contrato e muita vontade de os cumprir com a camisola verde e branca. Não tenho jogado, é verdade. Isso, porém, não me tem impedido de trabalhar. E sei que tenho sido um bom profissional. É isso que o treinador me tem dito."
Kmet, sabe, contudo, que, nesta altura, é "muito complicado entrar" na equipa. "Estão a jogar bem, a ganhar e nos primeiros lugares. No tempo de Materazzi, todavia, as coisas não estavam bem e o treinador não me meteu a jogar. Não entendi. E quantos jogadores actuaram na minha posição? Muitos. Só faltei eu."
SEM PROBLEMAS
Sobre as razões que estarão por detrás do facto de nenhum dos últimos técnicos dos leões ter apostado no seu concurso, Kmet não encontra justificações: "Não tenho qualquer problema. Fisicamente estou bem. No plano particular, também. Vivo com a minha noiva e a minha família dá-me todo o apoio."
"No tocante ao Sporting -- frisa -- também não tenho razões de queixa. Os jogadores, principalmente os argentinos -- Hanuch, Acosta, Duscher e Quiroga --, estão sempre a incentivar-me. Bem como o técnico Augusto Inácio, uma pessoa frontal e muito humana."
Para que o actual estado das coisas se modifique, Kmet volta a mencionar a palavra "oportunidades". "Quando alinhar em quatro ou cinco jogos seguidos tenho a certeza que ganharei a confiança necessária para provar que o clube não se enganou quando decidiu contratar-me. Lembro, por exemplo, o que se passou com Beto Acosta. Na época passada, com Mirko Jozic, entrava e saía da equipa com frequência, não podendo mostrar o que vale. Este ano deram-lhe oportunidades e mostrou que tem muito futebol. É uma das figuras da equipa, pelo que joga e pelos golos que marca. Está a passar-se precisamente o mesmo com Hanuch."
E para agarrar "definitivamente" um lugar na equipa, o jogador diz que tem de jogar na posição onde rende mais. "O meu lugar é médio-esquerdo. É onde posso explanar melhor as minhas faculdades. O técnico Materazzi, em alguns jogos-treino, colocou-me no centro, à frente da defesa. É claro que senti algumas dificuldades."
Quanto ao que sucedeu no recente particular com o Peniche -- fez parte do onze inicial, mas saiu aos 25 minutos; Inácio justificou a decisão com indisciplina táctica --, Kmet explica que, na altura, tinha problemas “pessoais" que não conseguiu superar. "Informei o treinador do que se passou e ele compreendeu."
KMET JOGOU APENAS 14 MINUTOS NO CAMPEONATO DESDE A CHEGADA A ALVALADE
Kmet é, sem dúvida, um dos activos da SAD leonina que mais tarda em mostrar o seu valor. Custou, no início da temporada de 1998/99, cerca de 850 mil contos ao clube de Alvalade, mas o investimento realizado não foi, nem parece vir a ser, compensado, dado que o médio não tem sido opção para nenhum dos treinadores com os quais já lidou enquanto jogador do Sporting.
Uma excelente temporada no Lanus da Argentina, no ano em que foi lançado no exigente campeonato daquele país sul-americano com apenas vinte anos, fez despertar em vários clubes a cobiça pela sua contratação. O Sporting, bem posicionado no mercado argentino, nomeadamente através dos muitos jogadores referenciados pelo então director desportivo Norton de Matos, trouxe para Portugal Kmet e Duscher de uma assentada.
A expectativa em relação a ambos era enorme em Alvalade, mas só Duscher se assumiu. Julian Kmet efectuou todo o estágio de pré-época e foi lançado por Mirko Jozic logo na primeira jornada do campeonato transacto, em Setúbal. Alinhou durante catorze minutos e ficou-se por aí. Foi emprestado no mês de Dezembro ao seu clube de origem por falta de adaptação ao futebol português.
Regressou este ano a Alvalade para ser orientado por Giuseppe Materazzi. O jogador vinha esperançado em realizar uma temporada diferente, mas a verdade é que o técnico italiano não contava com ele. Raramente foi convocado, nunca tendo jogado em encontros de carácter oficial. A substituição de Materazzi por Inácio deu novo ânimo ao argentino, mas também o técnico português parece não contar com o esquerdino e só por uma vez o lançou em jogos oficiais, exactamente frente ao Canelas referente à Taça de Portugal.
Neste momento, um investimento de mais de 800 mil jogou, apenas, catorze minutos no campeonato. Nova cedência pode estar e perspectiva, apesar de o próprio jogador confessar que Augusto Inácio lhe transmite moral.
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